Volvo adiciona R$ 1 bilhão aos investimentos na América Latina

Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina: mais investimentos

Redacao AB

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Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina: mais investimentos

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A Volvo vai adicionar R$ 1 bilhão aos seus investimentos na América Latina de 2020 a 2023, que agora somam R$ 1,25 bilhão – no ano passado a empresa já tinha anunciado aporte de R$ 250 milhões em 2020 e o programa anterior, de R$ 1 bilhão, foi aplicado de 2017 a 2019. Segundo Wilson Lirmann, presidente do grupo na região, os recursos serão aplicados principalmente no desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e modernização industrial da fábrica de Curitiba (PR), que deverá adotar processos da indústria 4.0.

“Nossos investimentos na América Latina somam R$ 2,25 bilhões em seis anos. Todos esses recursos foram gerados aqui mesmo, pelo nosso próprio caixa, graças aos bons resultados que conseguimos na região”, afirma Wilson Lirmann.

Entre os principais investimentos previstos para os próximos anos, está a adoção da nova etapa da legislação nacional de emissões para veículos pesados, o Proconve P8, previsto para entrar em vigor em 2023, que exigirá o uso no Brasil de motores para caminhões e ônibus com tecnologia Euro 6, já adotada na Europa desde o ano passado.
Lirmann também destaca que uma parte dos recursos será usada no desenvolvimento de fornecedores. “Tivemos alguns problemas com nossa cadeia de suprimentos nos últimos anos, algumas empresas locais enfrentaram sérias dificuldades e outras multinacionais decidiram deixar o Brasil”, justifica. “Fornecedores locais têm problemas de competitividade e terão dificuldades para sobreviver nos próximos anos, é necessários que eles se integrem à cadeia global.”
A eletrificação de veículos e o desenvolvimento do uso de combustíveis alternativos também fazem parte do programa de investimentos até 2023. Em 2019 a Volvo lançou os primeiros caminhões elétricos na Europa e estuda a introdução da tecnologia também no Brasil. “A eletrificação está nos nossos planos, mas ainda estamos monitorando o mercado para decidir quando e como fazer”, afirma Lirmann.