Falta de semicondutores deverá afetar a produção do SUV, fabricado na unidade
A Volkswagen protocolou junto ao ministério do trabalho pedido de suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off) dos trabalhadores do segundo turno da fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é fabricado o SUV T-Cross. A informação foi confirmada pela empresa e pelo sindicato dos metalúrgicos de Curitiba e Região.
Atualmente a unidade opera em dois turnos com cerca de 2 mil funcionários. Em função da falta de semicondutores no mercado, a companhia se preparou para adotar a medida caso o cenário se mantenha em maio, mês em que deverá ser adotado o lay-off. De acordo com Jamil Dávila, secretário geral da entidade, a programação da produção para a unidade em maio é de 310 veículos/dia. Hoje o ritmo está em 500/dia.
O lay-off planejado pela empresa poderá durar de dois a cinco meses, segundo a legislação trabalhista vigente.
No ano passado a empresa havia concedido férias coletivas para os funcionários dos dois turnos da unidade de São José dos Pinhais, também por falta de componentes. É nesta fábrica que é produzido o T-Cross, veículo mais vendido da montadora – até fevereiro, apontam números do Renavam, foram emplacadas 8,8 mil unidades do modelo, o 4º mais vendido do país no período.
Retomada em Taubaté
A companhia informou esta semana que retomará o segundo turno em Taubaté (SP), onde são produzidos os compactos Gol, Voyage e, em breve, o Polo Track. Desde o dia 3 de fevereiro a unidade estava operando em um turno, com o segundo em lay-off.
Com a retomada, retornam ao trabalho 1,2 mil funcionários e a empresa pretende adicionar 6,1 mil carros ao volume de produção no mês que vem. De acordo com a montadora, no período em que o quadro esteve em lay-off foram feitas melhorias nas linhas de montagens para receber a produção do Polo Track.