Volkswagen para fábricas brasileiras por causa da demanda fraca

Empresa vai aplicar ferramentas de flexibilização das jornadas de trabalho em São José dos Pinhais, Taubaté e da Anchieta

Redacao AB

Redacao AB

Empresa vai aplicar ferramentas de flexibilização das jornadas de trabalho em São José dos Pinhais, Taubaté e da Anchieta

Imagem de Destaque

A Volkswagen decidiu tirar o pé do acelerador na produção em suas fábricas brasileiras. Comunicado distribuído pela companhia aponta que, diante da estagnação do mercado de veículos, será preciso tomar medidas para diminuir o volume de carros feitos nas unidades produtivas do país.


– Faça a sua inscrição no #ABX23 – Automotive Business Experience, o maior encontro do ecossistema automotivo e da mobilidade


Na planta de São José dos Pinhais (PR), onde é feito o utilitário esportivo T-Cross, a empresa conta com lay-off desde 5 de junho. A medida tem duração mínima de dois meses, mas pode ser estendida por até cinco. Além disso, a Volkswagen vai interromper a atividade do outro turno de produção da fábrica ao longo desta semana, entre os dias 26 e 30 de junho, com o uso de banco de horas.

Já em Tabaté (SP), a boa posição do Polo Track no ranking de vendas não deu conta de sustentar as atividades. Além do modelo, a unidade é responsável pela produção do Novo Polo. A montadora vai usar o mesmo regime ali para suspender a operação dos dois turnos de produção também ao longo desta semana, até 30 de junho.

A fábrica da Anchieta, no ABC paulista, também vai parar. A unidade faz Virtus, Polo e Saveiro e ficará com suas linhas de montagem inativas a partir de 10 de julho, em férias coletivas.

Vendas estagnadas, mas não para a Volkswagen

Apesar das medidas,2023 tem sido ano de crescimento para a Volkswagen no mercado brasileiro.Entre janeiro e maio, a marca ocupou a terceira posição no ranking de vendas, atrás apenas de General Motors e Fiat. Com a chegada do Polo Track, a empresa tem registrado expansão das vendas mais vigorosa do que a média do mercado. Nos cinco meses do ano até aqui, foram 90,9 mil emplacamentos, volume 36% maior do que o registrado em intervalo equivalente de 2022.

Enquanto isso, até maio, o mercado brasileiro de veículos teve expansão de 9,3%, com 808,7 mil emplacamentos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados do Renavam divulgados pela Fenabrave. A alta, no entanto, aconteceu sobre base de comparação fraca, já que o começo de 2022 foi bastante prejudicado pela crise dos semicondutores.
A previsão da Anfavea, associação que representa as montadoras, é de que o mercado chegue a 2,16 milhões de unidades, com discreto crescimento de 3% na comparação com o resultado de 2022.