Números foram divulgados pela entidade, que apresentou nova liderança para triênio até 2027
A venda de veículos leves registrou um crescimento de 10,5% em 2021. É o que aponta o relatório divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) nesta quinta-feira (6).
Todos os segmentos automotivos tiveram alta em dezembro, comparando com o mês anterior. Assim, o setor registrou 337.623 emplacamentos de veículos, totalizando alta de 13,99% frente a novembro. Na comparação com dezembro de 2020, a retração foi de pouco mais de 7%.
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No ano de 2021, o acumulado atingiu 3.497.077 unidades de veículos novos comercializados, crescimento de 10,57% sobre 2020.
“Os números estão bem próximos aos divulgados em nossas últimas projeções. O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Ainda assim, conseguimos fechar o ano de 2021 com o 12º melhor resultado, desde 1957”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave recém-eleito para o triênio 2022-2024.
Projeções para 2022
Mesmo com o cenário ainda desfavorável, a Fenabrave projeta crescimento de 5,2%, para 2022. No total, a entidade estima 3.544.052 emplacamentos neste ano.
As estimativas iniciais da entidade apontam um volume total de 2,06 milhões de unidades emplacadas, somando automóveis (1.603.547) e comerciais leves (416.474).
Além disso, a Fenabrave estima volumes de 136.600 caminhões e 19.180 ônibus, totalizando 155.780 emplacamentos. Quanto às motocicletas, a projeção é de atingir o volume de 1.229.000 unidades.
Novo presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr. comanda o Grupo Andreta, que possui 28 concessionárias (com forte atuação no interior de São Paulo) e representa 10 marcas.
“Nossos estudos apontam para crescimento de todos os segmentos automotivos. Mas é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que indústria ainda há falta de componentes eletrônicos e outras variáveis como a economia turbulenta e a realização das eleições, que costumam criar um cenário incertezas”, declarou Andreta.
O novo presidente da entidade já comandou entidades como a Abracaf (Associação Brasileira dos Concessionários de Automóveis Fiat) e foi vice-presidente da Fenabrave em dois períodos.
No ritmo atual da indústria, Andreta acredita que o setor ainda está longe de voltar a atingir patamares como o de 2011, quando mais de 5 milhões de veículos foram emplacados. “A previsão é de que a indústria retome este volume apenas entre 2025 e 2027”, disse.