Expectativa da Fenabrave foi divulgada na quinta-feira, 4
As vendas de veículos tendem a avançar 12% este ano, para 2,58 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. A expectativa foi divulgada pela Fenabrave, organização que representa os concessionários, na quinta-feira, 4.
A Fenabrave aposta em expansão de 12% nos emplacamentos de veículos leves, para 2,44 milhões de carros de passeio. Já o segmento de pesados tem duas situações distintas. A projeção para as vendas de caminhões é de 114,5 mil unidades, com alta de 10% na comparação com 2023. A demanda por ônibus terá expansão maior, de 20%, somando 29,5 mil chassis.
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“Espero revisar para cima essa projeção no segundo semestre. Devemos ter um grande ano”, diz José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Apesar do crescimento menor do PIB previsto para 2024, a Fenabrave justifica o otimismo pela análise de que o mercado automotivo começa a se recuperar depois do período pandêmico, com queda dos juros, política industrial definida com a publicação do Mover, aumento da oferta de crédito e crescimento da renda dos brasileiros de 5% a 6%.
No caso dos caminhões, há expectativa de crescimento da safra, que sempre imulsiona a demanda. No segmento de ônibus, o preço das passagens aéreas agita o transporte rodoviário de passageiros. Há ainda o Caminho da Escola, que fez licitação para a compra de 16 mil unidades e as eleições municipais, que faz com que a demanda por ônibus urbanos tenda a crescer.
Resultado de 2023 superou expectativa
Em 2023, entre leves e pesados, o mercado automotivo brasileiro chegou a 2,30 milhões de unidades, com alta de 9,7% na comparação com o resultado de 2022. O resultado ficou ligeiramente acima do projetado pela Fenabrave. Em outubro, a organização havia divulgado a expectativa de que as vendas chegariam a 2,2 milhões de licenciamentos.
O mercado mais aquecido em dezembro contribuiu com o resultado. Com 248,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o último mês de 2023 foi 8,6% melhor do que novembro, ainda que 19% inferior ao registrado em dezembro de 2022.
“Sabíamos que teríamos um resultado melhor do mercado no 2º semestre e, por isso, a nossa expectativa era tão positiva. E a projeção acabou se confirmando: o segundo semestre foi 33% melhor do que o primeiro e alcançamos as perspectivas”, diz Andreta.
A demanda por veículos leves subiu 11,3%, para 2,17 milhões de unidades. O maior crescimento foi no segmento de veículos comerciais, que aumentou 20,4%, com 458,5 mil emplacamentos. Os licenciamentos de automóveis somaram 1,72 milhão de unidades, com expansão de 9,1%.
Entre os pesados, as vendas de caminhões derraparam com o início da legislação de emissões Euro 6 e encolheram 16,4%, para 104,1 mil veículos. Em contrapartida, o segmento de ônibus cresceu 12,6% e alcançou a marca de 24,6 mil chassis.