Fenabrave reduziu de 8% para 2,8% a projeção de crescimento do setor, que ainda sente os reflexos da pandemia de Covid-19
O setor de ônibus foi o mais afetado pela pandemia de Covid-19 e suas vendas continuam patinando. Como consequência, a Fenabrave revisou para baixo a projeção do setor para 2022. Em vez de 19,1 mil unidades e alta de 8%, a entidade que reúne as associações de concessionários estima agora 18,2 mil veículos e leve crescimento de 2,8%. Os números foram divulgados pela entidade na terça-feira, 5.
“O que havia de emplacamentos para o programa governamental Caminho da Escola já ocorreu durante o primeiro semestre”, afirma o diretor-executivo da Fenabrave, Marcelo Franciulli.
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Com isso, o pequeno crescimento que deve ocorrer até o fim do ano será puxado por operações de fretamento e renovações pontuais de frota. Franciulli admite que as retomadas no turismo e também no transporte interestadual (por causa da alta das passagens aéreas) também devem gerar vendas de ônibus até o fim do ano.
No mês de junho foram emplacadas 1,7 mil unidades, resultando em pequena queda de 3,4% na comparação com maio. O acumulado do ano teve 9,2 mil ônibus, apontando leve retração de 1,3% na comparação com o primeiro semestre de 2021.
Em outubro a Fenabrave promete divulgar novas projeções e acredita em uma revisão para cima dos números, mas parece improvável uma recuperação acima destes 2,8% da previsão mais atual, já que o programa Caminho da Escola respondeu por cerca de 30% dos emplacamentos no primeiro semestre e não ajudará na segunda metade do ano.
Fatia da Mercedes supera os 55%
De janeiro a junho foram licenciados 5,2 mil ônibus Mercedes-Benz. A fabricante detém 56,4% do segmento, com grande vantagem sobre a segunda colocada, a Volkswagen, que entregou 1.858 unidades durante o primeiro semestre. A fatia da VW é de 20,2%. O terceiro lugar pertence à Marcopolo, com 1.646 licenciamentos e 17,9% do total de vendas.