Uso da bicicleta não favorece saúde dos entregadores

Estudo mostra como o cotidiano dos profissionais em cima da bike é marcado por pressão psicológica

Redacao AB

Redacao AB

Estudo mostra como o cotidiano dos profissionais em cima da bike é marcado por pressão psicológica

Imagem de Destaque

Diferente do que muitas pessoas podem imaginar, o uso da bicicleta para fazer entregas não favorece a qualidade de vida dos entregadores. É o que diz uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP).

Apesar de a bike ser um transporte considerado mais saudável e sustentável, o estudo aponta que os entregadores sofrem pressão psicológica para realizar as corridas cada vez mais rápido e de forma eficiente.

Tensão na rotina dos entregadores de bicicleta

Isso causa no entregador tensão e medo de não conseguir uma renda adequada, ou ainda de perder pontos e acabar banido de aplicativos como o iFood. Por isso, esse trabalhador costuma aceitar muitas corridas e abrir mão de pausas para alimentação e descanso.

Segundo um levantamento da Aliança Bike, 75% dos trabalhadores que fazem entregas de bicicleta trabalham mais de 12 horas por dia para ter uma renda mensal média de R$ 995, menos de um salário mínimo.


VEJA TAMBÉM:

Produção de bikes elétricas aumenta na contramão dos modelos comuns


Falta de infraestrutura também afeta os entregadores

A rotina dos entregadores também é afetada pela falta de infraestrutura urbana, já que em muitas regiões não existem ciclovias, o que os levam a dividir o trânsito com carros, ônibus, motocicletas e caminhões.

A longa jornada de trabalho sobrecarrega os entregadores de bicicleta e a atenção desses trabalhadores, que podem sofrer acidentes de trânsito ao não observar com a devida atenção sinalizações de trânsito, alerta a pesquisa.