Entidade afirmou que novo programa prega previsibilidade e descarbonização
O Sindipeças manifestou apoio ao programa Mover, cuja sanção foi realizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira, 27.
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“Esse programa muito relevante para o país vai dar continuidade ao que foi iniciado pelo Rota 2030, ou seja, favorecer maior inserção do Brasil nas cadeias globais de valor pelos caminhos da inovação e da competitividade”, comentou Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças.
A entidade ressaltou “características importantíssimas” do Mover, como “investimentos em PD&I, valorização da matriz energética brasileira, previsibilidade e ênfase na descarbonização com todas as rotas tecnológicas”.
“Há promissoras oportunidades pela frente”, concluiu Sahad.
Empresas habilitadas são de nove estados
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), até o momento, 89 empresas de nove estados já foram habilitadas no Mover.
Destas, 70 são para unidades fabris que já produzem autopeças, 10 de veículos leves, seis de veículos pesados, dois para centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e uma para projeto de relocalização de uma fábrica de motores da Stellantis na unidade de Betim (MG), com investimento previsto de R$ 454 milhões e geração de 600 empregos diretos.
Os pedidos de habilitação partiram de empresas instaladas em São Paulo (32), Rio Grande do Sul (24), Minas Gerais (10), Paraná (10), Santa Catarina (7), Rio de Janeiro (2), Pernambuco (2), Bahia (1) e Amazonas (1).
Mover pode aumentar produtividade e investimentos
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do MDIC, disse que os principais desafios do Mover são aumentar o investimento e a produtividade da indústria.
“O programa impulsionou investimentos de R$ 130 bilhões e mais 6% na indústria de autopeças, o que deve gerar aportes de R$ 8 bilhões a R$ 7 bilhões. Temos ainda crédito financeiro para a descarbonização de R$ 3,5 bilhões para que as indústrias investirem em descarbonização, eficiência energética e inovação”, afirmou.
O Mover visa expandir os investimentos em eficiência energética. O programa prevê limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e a criação do IPI Verde, sistema no qual quem polui menos paga menos imposto.