Segundo Geraldo Alckmin, os valores devem estimular a economia brasileira
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse, nesta quarta-feira, que setor automotivo deve receber investimentos de cerca de R$ 100 bilhões nos próximos anos.
O valor, segundo Alckmin, foi apresentado pelos representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na última reunião com o ministro, na terça-feira (6). Para o ministro o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.
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“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029. Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores à combustão como etanol, total flex, híbridos e elétricos”, disse Alckmin durante o programa Bom Dia, Ministro.
Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.
“Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. A BYD em Camaçari (BA) e a GWM, Iracemápolis, em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.
Investimentos do setor para retomada da economia
O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de fornecedores que vai do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.
“Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.
“Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic, que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se (uma empresa) vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.