Scania encerra segundo turno de produção em São Bernardo

De acordo com sindicato dos metalúrgicos, os 200 funcionários que atuavam na jornada foram realocados

Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

De acordo com sindicato dos metalúrgicos, os 200 funcionários que atuavam na jornada foram realocados

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A Scania encerrou o segundo turno de produção da fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz caminhões, motores e chassis de ônibus. De acordo com o sindicato dos metalúrgicos da região, operava na jornada um quadro formado por 200 funcionários, os quais foram realocados para o turno de trabalho que ainda está em atividade.

Ainda segundo a entidade que representa os trabalhadores, não há, por ora, um prazo para que seja reestabelecido o segundo turno. O sindicato alegou que o encerramento da jornada, ocorrido há quinze dias, se deu em função de problemas que a montadora vem enfrentando com a demanda do mercado.

A montadora confirmou o fechamento do segundo turno por meio de nota, alegando que está “ajustando o seu ritmo de produção à demanda de mercado”. Informou, ainda, que a área de usinagem segue operando em três turnos para atender às demandas das exportações.


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Pela mesma razão a montadora decidiu não renovar os contratos de trabalhadores que atuam na empresa em regime temporário. A Scania e o sindicato dos metalúrgicos confirmaram a medida, mas não informaram a quantidade de trabalhadores afetados.

Por meio de nota, a Scania informou “que fará uso do seu Acordo de Flexibilidade com o Sistema Único de Representação (SUR) dos Colaboradores para ajustes no volume de produção e não renovará parte dos contratos de trabalho vigentes até o mês de abril de 2023”.

O ano de 2023 não deverá ser fácil para as montadoras de caminhões se considerarmos suas projeções. A estimativa da Anfavea, a associação que as representa, mostra uma retração nas vendas de 11% na comparação com o volume emplacado em 2022. Já a produção projetada deverá ser 20% menor na mesma base.


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Afora a Scania, Mercedes-Benz e Hyundai anunciaram recentemente ajustes de produção alegando descompasso entre o volume produzido e a real demanda por veículos no mercado brasileiro.

Outras empresas que também reduziram o ritmo nas linhas de montagem nas últimas semanas alegaram problemas com fornecimento de componentes, como Stellantis, Volkswagen, Renault e General Motors.