De acordo com sindicato dos metalúrgicos, os 200 funcionários que atuavam na jornada foram realocados
A Scania encerrou o segundo turno de produção da fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz caminhões, motores e chassis de ônibus. De acordo com o sindicato dos metalúrgicos da região, operava na jornada um quadro formado por 200 funcionários, os quais foram realocados para o turno de trabalho que ainda está em atividade.
Ainda segundo a entidade que representa os trabalhadores, não há, por ora, um prazo para que seja reestabelecido o segundo turno. O sindicato alegou que o encerramento da jornada, ocorrido há quinze dias, se deu em função de problemas que a montadora vem enfrentando com a demanda do mercado.
A montadora confirmou o fechamento do segundo turno por meio de nota, alegando que está “ajustando o seu ritmo de produção à demanda de mercado”. Informou, ainda, que a área de usinagem segue operando em três turnos para atender às demandas das exportações.
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Pela mesma razão a montadora decidiu não renovar os contratos de trabalhadores que atuam na empresa em regime temporário. A Scania e o sindicato dos metalúrgicos confirmaram a medida, mas não informaram a quantidade de trabalhadores afetados.
Por meio de nota, a Scania informou “que fará uso do seu Acordo de Flexibilidade com o Sistema Único de Representação (SUR) dos Colaboradores para ajustes no volume de produção e não renovará parte dos contratos de trabalho vigentes até o mês de abril de 2023”.
O ano de 2023 não deverá ser fácil para as montadoras de caminhões se considerarmos suas projeções. A estimativa da Anfavea, a associação que as representa, mostra uma retração nas vendas de 11% na comparação com o volume emplacado em 2022. Já a produção projetada deverá ser 20% menor na mesma base.
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Afora a Scania, Mercedes-Benz e Hyundai anunciaram recentemente ajustes de produção alegando descompasso entre o volume produzido e a real demanda por veículos no mercado brasileiro.
Outras empresas que também reduziram o ritmo nas linhas de montagem nas últimas semanas alegaram problemas com fornecimento de componentes, como Stellantis, Volkswagen, Renault e General Motors.