Sandero voltará a ser vendido na Europa como carro elétrico

Hatch compacto é comercializado por lá pela romena Dacia, que lançará uma nova geração até 2028

Vitor Matsubara

Vitor Matsubara

Hatch compacto é comercializado por lá pela romena Dacia, que lançará uma nova geração até 2028

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O Sandero fará um retorno triunfal no mercado europeu, só que bem diferente do modelo que estávamos acostumados a ver nas ruas. Segundo informações da revista “Autocar”, a quarta geração do hatch será um carro elétrico, mas vai manter sua proposta de baixo custo, que fez dele um dos automóveis mais vendidos da Europa.

O CEO da Dacia, Denis Le Vot, revelou que o novo Sandero será lançado “em 2027 ou 2028”, com previsão de “ser vendido até 2034 ou 2035”. O modelo terá um papel bastante importante dentro da marca romena, servindo como um dos expoentes da Dacia no processo de eletrificação.

Após o lançamento do novo Duster, em 2024, praticamente todos os Dacia serão baseados na plataforma CMF-B do Grupo Renault (que será usada no Brasil). Com exceção do Spring – uma versão aprimorada do Kwid E-Tech comercializado por aqui.

Os carros elétricos da montadora utilizam uma variação da base modular, conhecida como CMF-BEV.

Meta é ter Sandero elétrico a um custo baixo

A expectativa é de que o Sandero elétrico adotará o mesmo posicionamento do Renault 5, sendo um carro zero combustão mais focado na praticidade. A nova geração do hatch seguirá um caminho bastante parecido com o do Sandero Stepway ao adotar elementos que evocam a robustez e sugerem até um uso fora-de-estrada.

Le Vot afirmou que, para ser um dos modelos mais acessíveis da categoria, o hatch precisará abdicar de algumas virtudes propagadas por alguns concorrentes mais caros.


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“Vamos apostar em uma autonomia menor e com maior tempo de recarga”, admitiu o executivo, afirmando que a meta é “oferecer um preço mais baixo para o cliente”. Por tudo isso, entenda-se um alcance abaixo de 500 km a 600 km e 20 minutos de recarga.

A ideia da Renault é instalar a menor bateria possível, inclusive nos futuros modelos derivados do Sandero. E essa não deve ser a única exigência para o projeto vingar.

“É provável que a bateria seja baseada em sódio. Há quem defenda que as baterias de sódio não são boas porque não armazenam muita energia e são pesadas. Mas elas são mais baratas”, ressaltou o presidente da Dacia.

Novo Sandero a combustão não está fora dos planos

É importante ressaltar que um novo Sandero movido a combustão não está fora dos planos da Dacia. Como este tipo de propulsor poderá ser comercializado até 2035 na Europa (e 2030 no Reino Unido), é possível que o modelo tenha tecnologia híbrida, como na minivan Jogger.


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David Durand, responsável pelo design da Dacia, deu algumas pistas sobre o visual do futuro modelo. Além de trazer uma nova identidade, o novo Sandero será significativamente diferente da gereração atual.

Mesmo assim, o carro poderá ser reconhecido instantanemente como um hatchback, uma vez que a Dacia não pretende vender apenas SUVs.

“Essa abordagem acontece mais para que você tenha segurança em utilizar o carro em qualquer condição, sem medo de danificá-lo em estradas ruins. Haverá maior altura livre em relação ao solo para que o motorista não tenha medo de bater o assoalho em um obstáculo, e apliques externos para evitar que as portas sejam danificadas durante o trajeto”, concluiu.