Montadora e trabalhadores entram em acordo a respeito do pagamento da participação nos lucros
Terminou nesta segunda-feira, 23, a greve organizada pelos trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais (PR) no início de maio. Funcionários e montadora entraram em acordo a respeito do principal ponto da manifestação, o reajuste do pagamento da participação nos lucros (PLR) de 2022/2023. Com isso, a Renault retoma a produção após 16 dias corridos de paralisação.
A empresa concordou em pagar R$ 22,5 mil este ano caso seja atingida a meta de produção, 198,1 mil veículos. Caso o volume seja de 244 mil unidades, o pagamento sobe para R$ 27,5 mil. A produção será retomada na própria segunda, no segundo turno.
Dentre outros itens pleiteados pelos trabalhadores, houve acordo a respeito do reajuste salarial de 13,6%. A fabricante francesa também concordou em reajustar o valor do vale-mercado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O valor passará a ser de R$ 1 mil a partir de junho.
Produção de carros e motores retomada na Renault
No complexo industrial do Paraná, formado por quatro unidades, opera um quadro composto por 5 mil trabalhadores. Com a greve na Renault, deixaram de ser produzidos, em dois turnos, mais 5 mil veículos e 6,8 mil motores desde o início da paralisação, segundo a própria montadora.
No Paraná, além dos blocos e cabeçotes dos motores, são feitos os automóveis leves de passeio Kwid, Sandero e Logan, os SUVs Duster e Captur, a picape Duster Oroch e o utilitário Master (furgão, van e chassi-cabine).
Ainda está previsto para ser produzido na unidade um novo modelo SUV, cujo valor de investimento segue oculto por trás do biombo corporativo. O último ciclo, anunciado no ano passado, foi de R$ 1,1 bilhão e foi aplicado no lançamento do novo Renault Captur, e as versões 2023 de Kwid, Master, Duster e do elétrico Zoe E-tech.