VWCO entrega segundo caminhão elétrico e-Delivery para Ambev

Executivos da VWCO e da Ambev durante a entrega do e-Delivery de 13 toneladas de PBT

Redação AB

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Executivos da VWCO e da Ambev durante a entrega do e-Delivery de 13 toneladas de PBT

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A VWCO – Volkswagen Caminhões e Ônibus – entregou na terça-feira, 13, o segundo caminhão elétrico para a Ambev, fabricante e distribuidora de cerveja e bebidas no Brasil: o e-Delivery na versão 6×2 com 13 toneladas de PBT vai substituir o e-Delivery 4×2 de 11 toneladas de PBT, que rodou por 30 dias em São Paulo para teste piloto do modelo elétrico da marca no País. Já o novo caminhão rodará por tempo indeterminado.

O caminhão 100% movido a bateria foi testado por 30 dias em São Paulo, onde percorreu 915 quilômetros para o serviço de entrega de bebidas. O projeto piloto é parte da parceria entre as duas empresas: a Ambev anunciou a intenção de comprar 1,6 mil caminhões elétricos da VWCO até 2023, o que corresponde a 35% de sua frota.

Durante o teste, houve redução de 0,7 toneladas de CO2. O caminhão foi abastecido com energia solar a partir de um ponto de recarga com painéis solares instalados no centro de distribuição da Ambev no bairro da Mooca, na capita paulista, e consumiu um total de 950 kWh. Considerando a quilometragem rodada no período, a empresa evitou o uso de 200 litros de diesel.

“Temos a meta de construir um legado sustentável de longo prazo e investir em projetos socioambientais é um dos nossos focos de atuação. A parceria com a VWCO é um passo importante neste processo”, afirma o vice-presidente da sustentabilidade e suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo, durante a entrega do segundo caminhão elétrico da VW à empresa em São Paulo.

A Ambev pretende ampliar os painéis solares para todos os mais de cem centros de distribuição que mantém em todo o País.

Segundo o presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus e membro do board do Traton Group, Roberto Cortes, a VWCO está em processo de adequação do caminhão elétrico para o cliente até 2020, quando só então deverá iniciar a produção em larga escala. O executivo conta que para os veículos elétricos, a montadora também vai entregar exatamente o que o cliente precisa e que para isto já estão em andamento as negociações com outros clientes, além da Ambev, interessados no modelo elétrico.

“Já tem fila. Estamos conversando com quase centenas de outros [clientes]”, afirma Cortes.

Cortes conta que as conversas com a Ambev sobre sustentabilidade começaram há pouco mais de três anos. Ao mesmo tempo em que fala com o cliente para entender suas necessidades e assim ajustar seu produto, a montadora fala com outras empresas também engajadas na mobilidade elétrica. Caso da WEG, fabricante de motores elétricos que equipa o e-Delivery entregue à cervejaria.

“Estamos ajustando tecnicamente o caminhão e trabalhando também a área de recarga. A prioridade é o trajeto urbano e não longas distâncias por conta da falta de rede de abastecimento elétrico no País”, afirma o CEO da VW. “A Siemens é uma das empresas que estamos conversando sobre infraestrutura de recarga, mas também sobre o desenvolvimento do processo de produção”, revela.

Quando apresentou pela primeira vez o e-Delivery, há um ano, a montadora também anunciou que fabricará o caminhão elétrico a partir de 2020 em sua unidade de Resende (RJ). “Ele será feito na mesma linha de produção dos veículos a combustão. Naturalmente tem diferenças por ser elétrico, como a questão de segurança com as baterias. Então vamos ter que investir sim alguma coisa na fábrica para ajustes”, revela Cortes.

Embora a VWCO e a Ambev tenham firmado uma parceria inédita para promover a mobilidade elétrica no Brasil, muitos fatores ainda são considerados para viabilizar os negócios por aqui, como a própria falta de uma rede de abastecimento para este tipo de veículo.

Segundo o diretor de vendas de caminhões da VWCO, Antonio Cammarosano, ao mesmo tempo em que desenvolve um veículo na medida para o cliente, a VWCO tenta resolver a equação de custo. “Estamos trabalhando na redução do custo”, conta. Isso porque as empresas ainda não bateram o martelo sobre o valor de venda do caminhão. A intenção de compra das 1,6 mil unidades pela Ambev até 2023 ainda está sujeita a esta negociação.