Apesar do bom resultado, setor ainda enfrenta dificuldades para equilibrar oferta e demanda
A produção de motos chegou a 122.867 unidades em janeiro, o melhor resultado para o mês desde 2014, quando 146.557 saíram das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Segundo o levantamento, o volume é 46,7% superior ao registrado no mesmo mês de 2022 e 44,4% maior na comparação com dezembro.
O presidente da associação, Marcos Fermanian, destaca que este foi o primeiro mês de janeiro em que a indústria de motos operou normalmente em três anos.
“Tanto o início de 2021 como o de 2022, foram marcados pela pandemia, que impôs restrições ao funcionamento das fábricas e freou a produção. Agora estamos acelerando o ritmo de produção para atender a demanda que se mantém em alta”, afirma.
Produção de motos deve chegar a 1,5 milhão até o fim de 2023
Na avaliação do presidente da associação, o mercado de motos deve seguir aquecido nos próximos meses por ser uma opção de mobilidade “ágil e com baixo custo de manutenção”.
Neste cenário, a Abraciclo estima que a produção de motocicletas deve atingir 1.550.000 unidades até o fim de 2023. O volume representa alta de 9,7% na comparação com as 1.413.222 unidades registradas no ano passado.
Em janeiro, foram emplacadas 110.561 motocicletas, um aumento de 23,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, e uma queda de 16,4% na comparação com dezembro, que registrou a venda de 132.204 unidades.
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Fabricantes têm dificuldades de equilibrar oferta e demanda
Fermanian diz que, apesar dos esforços das fabricantes, ainda não foi possível equilibrar a oferta e a demanda por motocicletas. “Existe fila de espera para modelos de baixa cilindrada e para as scooters. Nossa expectativa é regularizar o abastecimento nos próximos meses”, diz o presidente da Abraciclo.
A street liderou o ranking das categorias mais emplacadas. No total, foram licenciadas 58.423 unidades, o que corresponde a 52,8% do mercado. Em segundo lugar, ficou a trail (20.681 motocicletas e 18,7% de participação), seguida pela motoneta (14.560 unidades e 13,2%).
A média de emplacamentos em janeiro, que teve 22 dias úteis, foi de 5.026 unidades vendidas por dia. Em relação ao mesmo mês de 2022, com um dia útil a menos, houve alta de 17,7%. Na comparação com dezembro, foi registrada queda de 16,4%, 6.009 unidades por dia.
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Motos de baixa cilindrada lideram as vendas
Com 91.053 unidades vendidas no varejo, as motocicletas de baixa cilindrada representaram 82,4% do mercado. Os modelos de média cilindrada tiveram 16.346 unidades emplacadas, 14,8% do volume total de licenciamentos, enquanto as motocicletas de alta cilindrada registraram 3.162 emplacamentos, o que corresponde a 2,9%.
No varejo, a estimativa da Abraciclo é que sejam emplacadas 1.490.000 motocicletas, uma alta de 9,4% em relação a 2022.