Para Anfavea, segmento de pesados retorna à normalidade em agosto após ano desafiador
A produção de caminhões e veículos pesados segue acelerada no Brasil. De janeiro a agosto, foram fabricados 89,4 mil caminhões, alta de 40,7% no comparativo ao mesmo período de 2023.
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No mês passado, saíram das linhas de montagem 13,1 mil unidades, aumento de 36,1% em relação a agosto de 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Média diária de vendas empolga
No acumulado, as vendas de caminhões chegaram a 79,6 mil unidades, volume 13,4% superior aos oito meses do ano passado. Já em agosto, os licenciamentos somaram 11,5 mil veículos, evolução de 23,7% no comparativo com o mesmo período de 2023.
“O setor comemora a volta da normalidade após um ano de 2023 desafiador“, disse o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas. “Ultrapassamos a marca de média diária de 500 caminhões emplacados em agosto, isso é muito importante”, disse Freitas.
Produção de ônibus também em ritmo de crescimento
A produção de ônibus também se mantém em alta, muito em função do programa Caminho da Escola. De janeiro a agosto, foram fabricados 19 mil veículos, alta de 41% no comparativo com 2023.
Já em agosto, saíram das linhas de montagem 2,1 mil ônibus, volume que representou aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Anfavea.
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Os licenciamentos de ônibus, no entanto, ainda apresentam volume menor no acumulado no comparativo com 2023. De janeiro a agosto, as vendas somaram 13,7 mil unidades ante 14,2 mil veículos, queda de 3,7%.
Quando se compara os emplacamentos no mês de agosto, o desempenho é positivo. No mês passado, foram licenciados 2,4 mil veículos ante 1,4 mil ônibus, alta de 64,7%.
Entregas do Caminho da Escola ainda estão lentas
De acordo com a Anfavea, as vendas de ônibus estão em queda no acumulado em função do atraso nas entregas dos veículos para o Caminho da Escola. As montadoras começaram a emplacar as unidades somente no segundo trimestre do ano.
“Tem um tempo maior entre a produção do chassi e o emplacamento. Prova disso é que no Caminho da Escola mais de sete mil unidades foram contratadas e somente 1,6 mil foram emplacadas”, ressaltou Freitas.