Funcionários da empresa, que opera em dois turnos, se reunirão com a montadora depois de assembleia
Os funcionários da fábrica da Renault instalada em São José dos Pinhais (PR) entraram em greve na manhã desta sexta-feira, 6. No complexo industrial formado por quatro unidades, opera um quadro formado por 5 mil trabalhadores. Lá, são produzidos, em dois turnos, os modelos Kwid, Sandero, Logan, Duster, a picape Duster Oroch e o SUV Captur, além do utilitário Master, blocos e cabeçotes de motor.
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A informação foi confirmada pela montadora e pelo sindicato local dos metalúrgicos, que afirmou que a paralisação ocorre por causa de ajustes feitos na Participação de Lucros e Resultados (PLR) deste ano. A greve, segundo a entidade que representa os trabalhadores, ocorrerá por tempo indeterminado. Uma assembleia será realizada na segunda-feira, 9, para discutir a pauta dos funcionários.
Afora a PLR, os trabalhadores afirmam que a empresa não cumpriu com acordo de flexibilidade e competitividade firmado em 2020. Além do número de trabalhadores que diminuiu, de 7 mil em 2020 para 5 mil, atualmente a velocidade da linha de produção baixou o ritmo.
Fabricante se defende
Por meio de nota, a Renault afirma que “o acordo coletivo de trabalho, aprovado em assembleia promovida pelo sindicato em 2020, tem duração de quatro anos, com vigência de setembro de 2020 a agosto de 2024”. A montadora garantiu que vem cumprindo o que foi estabelecido e informou que está aberta ao diálogo.