Produção de veículos e motores será interrompida na unidade de São José dos Pinhais a partir de 4 de abril
A Renault vai interromper a produção de suas quatro fábricas em São José dos Pinhais (PR) por uma semana, a partir de 4 de abril. À reportagem de Automotive Business, a companhia confirmou que a paralisação ocorre por falta de semicondutores, e que a medida envolve a produção de automóveis, de comerciais leves, motores e injeção de alumínio.
A montadora opera hoje no Paraná em dois turnos com cerca de 6 mil funcionários diretos. A falta de chips já havia interrompido a produção no ano passado, o que levou a Renault a aplicar medidas como suspensão dos contratos de trabalho (o lay-off) e também a conceder férias coletivas.
LEIA MAIS:
> Por falta de chips, Renault prepara PDV e lay-off na fábrica do Paraná
São produzidos na unidade do Paraná os modelos Kwid, Sandero, Logan, Duster, a picape Duster Oroch e o SUV Captur, além do utilitário Master, blocos e cabeçotes de motor. A falta de semicondutores tem afetado as montadoras como um todo, em maior ou menor grau, uma vez que seguem os gargalos de produção do componente na Ásia por causa da pandemia.
Novo SUV a caminho
Apesar dos desafios a Renault programou investimentos para a unidade do Paraná, onde em 2023 será produzido um novo SUV, ainda inédito no mercado brasileiro, já sob a novíssima plataforma modular CMF-B. Afora o novo automóvel, a montadora também produzirá ali um novo tipo de motor 1.0 turbo. Os valores de investimentos ainda seguem em sigilo.
O mercado brasileiro foi o 4º maior da Renault no mundo no ano passado. Foram vendidos na região, no período, 127 mil veículos, volume que representou 6,5% dos negócios globais da companhia. O principal mercado mundial da montadora segue na França, onde o grupo vendeu 393,6 mil veículos. Atrás do país, aparecem no ranking da marca a Alemanha e a Rússia, em terceiro lugar.