Fábio Magliano, gerente de produto motorsport, destaca a agilidade da Pirelli em atender a novas demandas
A Pirelli detém 40% das vendas de pneus para as montadoras no Brasil e pretende segurar essa fatia por causa de uma vantagem competitiva, a possibilidade de desenvolver localmente novas soluções em seu centro tecnológico instalado em Santo André (SP).
“Queremos estar em todas as fabricantes e a cada novo projeto [de veículo] somos considerados por causa da capacidade de desenvolvimento local”, afirma o gerente de produto motorsport, Fábio Magliano.
“Enquanto levamos duas semanas para produzir uma nova amostra [de pneu], nossos concorrentes demoram dois meses”, diz. O centro tecnológico emprega 90 pessoas. Tem laboratório de materiais e laboratório de testes indoor. E em 2020 a empresa contará com um novo campo de provas na cidade de Elias Fausto (SP).
Fábio Magliano concedeu entrevista a Automotive Business durante um seminário de pneus para SUVs, representados dentro da Pirelli pela linha Scorpion, com 11 versões e fabricadas no Brasil em Feira de Santana (BA) e Campinas (SP).
“O Scorpion ATR, o mais vendido da linha, é um produto local”, afirma Magliano, citando uma das versões de uso misto, para terra e asfalto. No entanto, o executivo informa que as montadoras pedem pneus cada vez mais voltados 100% ao asfalto por causa da necessidade de atendimento dos padrões de eficiência energética e menor resistência ao rolamento.
Em 2020 a Pirelli concluirá um ciclo de investimento de cerca de R$ 1 bilhão na América Latina para modernização de suas fábricas e adoção de processos da indústria 4.0.
A primeira unidade beneficiada foi a de Feira de Santana. As fábricas de Campinas e de Merlo (Argentina) também passam por atualização.