Para largar na frente na corrida por baterias, BMW investe em startup de extração de lítio

Lilac promete menos impacto ambiental e maior produção com sua técnica para conseguir o material

Victor Bianchin

Victor Bianchin

Lilac promete menos impacto ambiental e maior produção com sua técnica para conseguir o material

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A BMW anunciou hoje que vai investir em um startup chamada Lilac, especializada em extração de lítio. A iniciativa foi feita para atender às crescentes demandas da montadora para seus carros elétricos, que deverão representar metade das vendas totais até 2030.

Não se sabe exatamente qual o tamanho do investimento, mas a rodada total captou cerca de US$ 20 milhões de investidores para a Lilac. Com esse dinheiro, a startup irá construir uma fábrica de “bolinhas de íons de troca”, material que usa para fazer a extração.

Tradicionalmente, o lítio é extraído de salmouras com uma técnica de evaporação. O método da Lilac, no entanto, usa essas bolinhas, que são colocadas em um tanque por onde passa a salmoura. As bolinhas ficam saturadas com lítio. Depois, elas são banhadas com ácido hidroclórico para produzir cloreto de lítio. Esse material é então processado de forma convencional para produzir carbonato de lítio, o qual é vendido para fabricantes de baterias. Segundo a Lilac, esse método requer 90% menos espaço do que o convencional e rende mais lítio.

“Ao investir na Lilac, estamos apoiando o progresso tecnológico no campo da extração de lítio, com foco em métodos responsáveis e sustentáveis”, disse, em comunicado à imprensa, Wolfgang Obermaier, vice-presidente sênior de bens e serviços indiretos, materiais crus e parceiros de produção da BMW.

Com a demanda por lítio aumentando em todo o mundo, as produtoras do material têm sido criticadas pelo grande impacto que o manejo das salmouras tem no meio ambiente e nos ecossistemas.