Com a extensão do programa federal, volumes adicionais seriam injetados na demanda da montadora
A Volkswagen Caminhões e Ônibus conversa com agentes do poder público a respeito da extensão do programa Caminho da Escola para a aplicação urbana.
Segundo o CEO da companhia, Roberto Cortes, o aumento do escopo do programa federal, hoje restrito ao ambiente rural, injetaria volumes de vendas adicionais à montadora.
“Embora a expectativa seja de crescimento do mercado, estamos aquém das possibilidades. O setor precisa de atenção. Defendemos a expansão do Caminho da Escola, controle da inflação e melhoria do crédito”, disse o executivo na terça-feira, 6, durante a feira Lat.Bus, realizada em São Paulo (SP).
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A montadora é uma das principais fornecedoras de micro-ônibus ao programa, ao lado de Mercedes-Benz e Iveco.
O executivo não precisou o tamanho do volume que uma eventual expansão do programa aos centros urbanos injetaria no balanço das vendas da companhia.
De qualquer forma, montadoras de chassis de ônibus como a VWCO ainda buscam formas e maneiras de reestabelecer o patamar de vendas do setor visto nos anos de glória antes da pandemia.
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Uma demanda maior do Caminho da Escola, portanto, ajudaria nesse sentido. Mas tanto a montadora, quanto o poder público, sabem que há entraves, sobretudo orçamentários para bancar uma frota urbana do programa escolar.
Enquanto isso, montadora trata de completar a sua oferta de ônibus Euro 6 no mercado doméstico. Durante a feira Lat.Bus, a empresa apresentou os modelos de chassi Volksbus 18.320 SH, equipado com motor diesel traseiro para aplicação rodoviária, e o 22.260, para aplicação urbana.
A empresa também levou ao evento o e-Volksbus, ônibus elétrico que entrará na linha de produção da fábrica de Resende (RJ) no segundo semestre.
De acordo com Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas da fabricante, dez unidades do modelo já foram entregues a clientes no país. Os veículos serão testados em suas operações, algo parecido com o que a montadora fez quando lançou o seu caminhão elétrico, o e-Delivery.
O executivo explicou que ambos os modelos elétricos compartilham um grande volume de componentes, por isso são montados na mesma linha. O índice de conteúdo nacional do ônibus elétrico não foi revelado pela empresa, que garante que é alto. Conjuntos importantes como o motor e a bateria são importados.