Nesta reportagem para o especial Volkswagen 70 anos, mostramos como a fabricante influenciou de forma positiva na operação local da BorgWarner
A Volkswagen completa 70 anos no país em 2023 e não foi apenas no mercado que a montadora deixou a sua marca, mas também na operação de seus fornecedores locais. Nesta reportagem para o especial sobre as sete décadas de VW Brasil, falamos sobre as relações da fabricante com a BorgWarner, parceira chave na ofensiva recente de veículos da montadora.
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No começo da última década, o mercado brasileiro de veículos passava por importante transformação em termos de eficiência energética. A política industrial Inovar-Auto determinava uma série de parâmetros ligados ao powertrain veicular para que as montadoras instaladas aqui tivessem acesso a benefícios fiscais. Surgia, nesse contexto, o motor flex três cilindros da Volkswagen, mais econômico e menos poluente.
Menor e mais eficiente, a Volkswagen então decidiu que ele poderia também ser mais potente. É quando surge a parceria com a BorgWarner, por meio da qual se chegou ao projeto do conjunto TSI equipado com turbocompressor. O conjunto teve suporte das engenharias locais das empresas e também de equipes instaladas nas casas matrizes, na Alemanha e nos Estados Unidos, respectivamente.
TSI é a sigla em inglês para Turbocharged Stratified Injection, ou turbo com injeção direta, em uma tradução livre. Seu sucesso no mercado brasileiro, puxado pela versão turbinada do subcompacto Volkswagen up!, também refletiu na operação da BorgWarner, que passou a ter mais volume de produção para ocupar, à época, a novíssima fábrica de Itatiba (SP), que completa 10 anos em 2023.
O sucesso do produto instalado no extinto carro da VW também viabilizou o acesso da Borgwarner a outros modelos da montadora, como Polo, Nivus, Virtus e T-Cross. Levou também a companhia a expandir sua atuação no mercado interno, com contrato de fornecimento de turbocompressores também para veículos da Stellantis, como os Jeep Compass e Renegade, e os Fiat Pulse, Fastback e Toro.
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“Nossa parceria foi fundamental não apenas em termos de demanda, uma vez que a BorgWarner pode expadir sua atuação no país a partir dela, mas também em termos de transformação do mercado. Com este projeto o turbocompressor passou de item de desempenho a componente importante dentro do contexto da descarbonização e da eficiência energética”, disse Wilson Lentini, diretor geral da BorgWarner.
A parceria também envolveu o desenvolvimento local de inovação. Isso porque o conceito de downsizing que marcou o projeto do motor TSI da Volkswagen imprimia uma série de restrições que tiveram de ser contornadas com criatividade pelos engenheiros brasileiros da BorgWarner.
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“Tiveram os desafios dimensionais, considerando o tamanho reduzido do motor TSI, e também tiveram as especificações de eficiência e desempenho, como fazer o turbocompressor ajudar o motor a entregar o torque máximo a uma baixa rotação. Isso envolveu a aplicação de novos materiais e também modificações na estrutura do conjunto que foram muito desafiantes para nós”, contou Luis Pinto, supervisor de engenharia.
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