Licenciamento de ônibus deve ter crescimento de 24% em relação a 2021; inovação, com investimento em eletrificação, é um dos desafios
O setor de transportes coletivos urbanos começa a retomar sua atividade econômica após as quedas na produção e no licenciamento dos veículos provocadas pela pandemia. Esse processo é um dos destaques do Seminário Nacional NTU 2022, que acontece entre os dias 8 e 11 de agosto, em São Paulo.
Na abertura do encontro, João Antonio Setti Braga, presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), afirmou que priorizar a qualidade e a tarifa acessível é imprescindível para a retomada das empresas de ônibus, uma das indústrias mais prejudicadas nos últimos anos.
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“Apesar da melhoria do cenário econômico, ainda temos grandes desafios, como a demanda perdida e a melhoria da situação financeira do setor, que amargou prejuízos que chegaram a quase R$ 30 bilhões, com muitas empresas interrompendo parcialmente seus serviços”, explicou.
Nesse período de retomada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê até o fim de 2022 um crescimento de 24% sobre os 14 mil ônibus licenciados em 2021.
Transição da matriz energética no transporte coletivo
Em paralelo ao seminário, ocorre a Lat.Bus, Feira Latinoamericana do Transporte, onde várias fabricantes, entre elas Mercedes Benz, Marcopolo, Busscar, Volkswagen e Volvo, mostram suas novidades para o mercado de transporte coletivo. A maioria delas está focada na eletrificação da modalidade.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou remotamente da abertura do evento. Segundo ele, a transição da matriz energética dos transportes no país deve ocorrer pelo transporte público.
“É preciso fornecer veículos com equipamentos menos poluentes. Essa é uma preocupação que se revela cada vez maior para substituir a matriz energética do transporte coletivo. Essa mudança começará através dos ônibus nas grandes cidades. Por isso, é importante valorizar a indústria nacional”, pontuou.
Pacheco também sinalizou que o Congresso Nacional está de “portas abertas” para soluções inovadoras de mobilidade. O senador ressaltou que o acesso ao transporte público “não é uma atividade do mercado”, e sim um “direito dos cidadãos.”