Modelos da Fiat produzidos na fábrica da Stellantis em Betim (MG) têm preços que partem dos R$ 125.990 e vão até R$ 161.990
A Stellantis iniciou a sua jornada no segmento de veículos híbridos na quarta-feira, 6, com o lançamento das versões dos Fiat Pulse e Fastback equipadas com o sistema formado por um motor a combustão auxiliado por um atuador elétrico – o chamado híbrido leve.
O plano comercial da montadora passa pela ideia de introduzir no mercado aqueles que podem ser os primeiros veículos híbridos do consumidor brasileiro, ainda que o sistema não seja uma novidade por aqui há algum tempo.
SAIBA MAIS:
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Sem contar a faixa de preço na qual ambos os modelos estão posicionados – o Pulse entre R$ 125.990 e R$ 140.990, e o Fastback partindo de R$ 151.990 até R$ 161.990 – que os afasta de certa forma da ideia de se democratizar, de fato, os modelos híbridos em um mercado zero quilômetro cada vez mais restrito a poucos.
De qualquer forma, o motor T200 híbrido flex turbo 1.0 tem, sim, um ar democrata, mas dentro dos domínios da montadora.
Isso porque o powertrain produzido na fábrica de Betim (MG), o primeiro da ofensiva de híbridos que a Stellantis chama de Bio-Hybrid, foi construído para ter aplicação versátil na oferta que a montadora mantém no país.
Sinergia no híbrido flex da Stellantis
Segundo o CEO da montadora, Emanuele Cappellano, o motor pode ser aplicado em muitos modelos da empresa. Em uma sinergia forte que há entre o conjunto e as plataformas sobre as quais eles são construídos.
A possibilidade representa uma vantagem competitiva para a montadora. Afinal, essa versatilidade do T200 acaba, no final das contas, por reduir o custo produtivo da companhia, sem contar o corte proporcionado em tempo de desenvolvimento.
“Começamos a nossa estratégia com os esses modelos Fiat, mas, dependendo das demandas do mercado em outros segmentos, conseguimos aplicar o sistema nos demais modelos da nossa gama”, contou o executivo.
Quanto custa a mais o sistema híbrido de Pulse e Fastback
O sistema híbrido que equipa os modelos Pulse e Fastback é dos mais simples dentro dessa gama Bio-Hybrid da Stellantis. Este primeiro é alimentado por uma bateria de 12 volts que funciona como gerador – não traciona as rodas. Há outras três arquiteturas, ainda inéditas no país: híbrido pleno, híbrido plug-in e 100% elétrico.
Por seu um conjunto mais simples, a montadora conseguiu nacionalizar os componentes inéditos que o integram. Menos a bateria que alimenta o motor auxiliar 12V.
Segundo Cappellano, isso faz com que a montadora consiga eventualmente ter margem para manobrar o preço final do seus veículos híbridos, seguindo as tendências do mercado.
“Hoje um sistema eletrificado eleva em US$ 10 mil o custo de um veículo. Mas com o tempo esse valor tende a diminuir com as escalas de produção”, contou.
Híbridos da Fiat tiram versões do mercado
Afora a nova motorização, a Stellantis também realizou mudanças em seu line-up com a chegada dos primeiros eletrificados. O novo T200 híbrido passa a equipar as versões Audace e Impetus do Fastback e do Pulse.
Essas versões com motor apenas a combustão sairão do mercado em 2025 – ou até acabarem os estoques, informou a montadora. As demais configurações, como a de entrada Drive, as topo Abarth e Limited, seguem como estavam.
Em termos de desempenho, o T200 híbrido gera 130 cv de potência, a mesma especificada pela montadora sem o sistema que utiliza o motor elétrico de 12V.
Mas se a potência é a mesma, quais os ganhos que o conjunto oferece? Muito bem, acontece que o sistema híbrido chamado de DBSM (modo de comutação de duas baterias, traduzindo a sigla do inglês) reduz o consumo de combustível e as emissões de C02 dos veículos.
Isso porque, em determinados momentos da condução, o motor elétrico auxilia o sistema mecânico a produzir tração. Reduzindo, portanto, a injeção de combustível nos cilindros.
Segundo a Stellantis, no ciclo urbano o Fastback teve uma redução no consumo de combustível de 11,5% na gasolina (9,8% no etanol). Já o Pulse teve redução de 10,7% tanto na gasolina, quanto no etanol.
No mais, estreia também nas versões híbridas a cor Azul Amalfi. De resto, pouco mudou nos modelos Fiat na comparação com as versões com motor de combustão: segue o câmbio CVT que simula sete marchas e demais itens já conhecidos pelo público.