Aumentos nos preços do barril de petróleo e do alumínio também podem afetar diretamente o setor automotivo
A invasão russa à Ucrânia representa um “risco significativo” à recuperação da indústria automotiva em 2022. É o que indicam as consultorias J.D Power e LMC Automotive na sexta-feira, 25.
As empresas estimam que o setor pode deixar de vender 400 mil carros pelo mundo, o que reduziria o volume anual estimado para 85,8 milhões de unidades. Os riscos de aumento nos preços do petróleo e do alumínio são fatores que podem desencorajar compradores de automóveis e caminhões.
Segundo Jeff Schuster, presidente das operações da LMC Automotive nas Américas, a produção e os preços de veículos pelo mundo podem ficar sob pressão, dependendo dos efeitos e da duração do conflito na Ucrânia.
O ataque ao território ucraniano já alavancou os preços do barril de petróleo para mais de US$ 100. É a primeira vez que o valor ultrapassa essa cifra desde 2014.
Tudo isso pode agravar ainda mais a situação da indústria automotiva, que ainda sofre com a falta de componentes, como os semicondutores. A tendência é que o setor não apresente recuperação em março, especialmente diante dos recentes fatos na Ucrânia.
Mesmo diante da situação preocupante, as consultorias projetam um aumento de 5% nas vendas de veículos comerciais leves em 2022.