CEO da Stellantis descarta ‘guerra de preços’ para aumentar vendas

Carlos Tavares também disse que problemas logísticos no Mar Vermelho não preocupam empresa

Vitor Matsubara

Vitor Matsubara

Carlos Tavares também disse que problemas logísticos no Mar Vermelho não preocupam empresa

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O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, afirmou que não quer ver a empresa entrar em uma “guerra de preços” para melhorar as vendas.

Durante uma apresentação realizada na Itália, Tavares disse que a Stellantis não está preocupada em relação à queda nos preços por ser uma das empresas mais lucrativas da indústria automotiva.


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O executivo acredita que as montadoras que decidirem baixar os preços excessivamente podem sofrer as consequências.

“Se você reduzir os preços sem respeitar a realidade dos seus custos, você vai ter um banho de sangue. Estou tentando evitar uma guerra de preços. Até porque sei do caso de uma empresa que cortou os preços de forma brutal e sua lucratividade despencou brutalmente”, afirmou Tavares.

O fenômeno foi iniciado pela Tesla, que reduziu drasticamente seus preços na tentativa de aumentar suas vendas. Isso se estendeu durante todo o ano passado, inclusive em mercados importantes para a empresa, como China e Europa.

Conflitos no Mar Vermelho não afetam Stellantis

Tavares também comentou sobre os problemas na região do Mar Vermelho, que estão obrigando navios a realizarem rotas mais longas (e mais caras) por conta de ameaças e conflitos no local.

“É verdade que as viagens serão mais longas se nós irmos até a África. Pode haver impactos nos custos (…) então podemos ter discussões a respeito dos impactos na empresa e de como podemos mitigar isso. Mas, a essa altura, não vejo outros impactos além deste. Claro que alguns de nossos competidores podem ter problemas com isso, mas não é o nosso caso. Até agora está tudo bem”, assegurou.

Diante da situação, a Stellantis decidiu investir mais no transporte aéreo para evitar atrasos nas entregas de peças ou até uma eventual escassez de componentes.