Executivo, considerado o pai do Rota 2030, também esteve à frente da AEA e Fiesp
Na última sexta-feira, 13, morreu o ex-presidente da Anfavea, Antonio Megale, depois de longa batalha contra um câncer. Megale também foi diretor de assuntos governamentais da Volkswagen e acumulou passagens por Renault e Chrysler. Ele tinha 66 anos.
Foram quatro décadas de atuação no setor automotivo e, nos últimos anos, durante o período em que presidiu a associação que representa as fabricantes de veículos, Antonio Megale se dedicou à construção do Rota 2030, política setorial que se tornou lei no final de 2018.
“Em uma verdadeira maratona de viagens a Brasília, conseguiu explicar ao então presidente, Michel Temer, que todos os países que têm indústria automotiva forte adotam uma política setorial”, relembrou a Anfavea, em nota de pesar divulgada na sexta-feira.
Afora a Anfavea, Megale também exerceu o cargo de presidente da AEA, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, e foi vice-presidente da Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, entre 2011 e 2021, por dois mandatos seguidos.
Nascido em Minas Gerais, foi no Rio de Janeiro, na UFRJ, que se formou em engenharia mecânica. O conhecimento técnico, aliado a um pode de negociação ímpar, o tornou um dos mais notáveis do quadro diretivo da Anfavea.
Megale deixa a esposa Maysa e dois filhos, Bruno e Vitor.