Complexo com cinco pistas no interior paulista permitirá desenvolvimento e validação de novos veículos, componentes e equipamentos
Enquanto o mercado está morno e as montadoras reclamam da demanda, o Brasil ganha mais um complexo de desenvolvimento veicular. A Mercedes-Benz do Brasil e a Robert Bosch América Latina finalizaram o Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (CTVI), no interior paulista.
O empreendimento começou a ser construído em 2016 e dois anos depois a montadora alemã começou a realizar testes veiculares com caminhões e ônibus no local. Em 2021, a Mercedes firmou parceria com a Bosch para ampliação do campo de provas.
O complexo de testes veiculares foi projetado para o desenvolvimento e homologações de produtos e componentes dos segmentos de caminhões, ônibus, automóveis de passeio, comerciais leves e máquinas agrícolas. Ao todo, a área de 400 mil m² reúne cinco pistas para avaliações de segurança veicular, eficiência energética e tecnologias de assistência ao motorista.
Como são os testes veiculares no campo da Mercedes e da Bosch
Os circuitos incluem a pista Oval de Alta Velocidade, com 2,6 km de extensão. Ela é composta por duas retas paralelas de 960 metros, cada, e duas curvas com três ângulos diferentes.
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Este trajeto é voltado para verificações em alta velocidade, consumo de combustível, autonomia, arrefecimento, ruído, conforto veicular, dirigibilidade, entre outros. Segundo a Mercedes e a Bosch, também servirá para validação de sistemas de assistência à condução.
Outro campo para validação e testes de sistemas de condução semi-autônoma está previsto para a chamada Área de Dinâmica Veicular. Com 88 mil m² e 220 metros de diâmetro, a pista possibilitará manobras para validar esses e outros itens de segurança ativa.
Testes veiculares de conforto, frenagem e estabilidade
O complexo em Iracemápolis também tem a Pista de Conforto, com cinco faixas de rodagem com diferentes pisos e superfícies irregulares para medições de estabilidade e suspensão, e a Pista de Dirigibilidade Pavimentada, com níveis de subida variados e curvas de diferentes tipos. Além da área de Medição de Frenagem, com duas faixas paralelas e que podem ser molhadas para verificação e desenvolvimento de equipamentos de segurança.
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Segundo a Mercedes e a Bosch,o CTVI segue padrões similares aos adotados em campos de provas de países como Alemanha, EUA, China e Japão. O complexo também terá boxes de oficina, escritórios e estacionamentos para protótipos privados.
“Este empreendimento é uma grande conquista para a toda a engenharia da mobilidade brasileira. Além disso, o CTVI está alinhado com a nossa estratégia de ‘local for local’, cujo foco é estabelecer centros de competência locais para atender às demandas dos nossos clientes”, destaca Gastón Diaz Perez, presidente e CEO da Robert Bosch América Latina.