Montadora alemã espera margem de lucro menor em função das vendas na China
A Mercedes-Benz cortou sua meta de margem de lucro anual pela segunda vez em menos de dois meses. Uma das razões para a revisão das expectativas se deu em função do enfraquecimento das vendas de veículos na China, o maior mercado do mundo.
Os investidores, porém, não receberam bem as novas metas da companhia. As ações da empresa caíam mais de 6% no pregão da sexta-feira, 20.
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Com isso, os papéis da Mercedes foram negociados no menor nível em quase dois anos.
“Há uma cautela nesta medida, estou tentando dizer isso diplomaticamente”, disse o CEO Ola Kaellenius, citado pela Reuters, aos analistas após o anúncio. “Por quanto tempo isso vai continuar? Não sei, mas continuo cauteloso em relação ao futuro na China.”
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Segundo a Mercedes, a fraqueza econômica na China, bem como a crise imobiliária local, afetou severamente a demanda, inclusive por veículos, o que se tornou uma dor de cabeça também para a Volkswagen, Porsche e BMW.
Desempenho fraco no semestre
A Mercedes-Benz apresentou fraco desempenho no primeiro semestre deste ano. A queda nas vendas em 6% no período, para 960 mil unidades, levou o lucro líquido da companhia para o patamar de € 6,08 bilhões, 20,5% a menos que o apurado em 2023.
O faturamento da companhia no semestre foi de € 72,61 bilhões, queda de 4,1% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Já o lucro operacional recuou 24,7%, passando de € 10,49 bilhões para € 7,9 bilhões.
Além da queda nas vendas gerais, a Mercedes negociou 93,4 mil unidades carros elétricos neste primeiro semestre, recuo de 17% em relação ao ano passado.
O resultado no segundo trimestre também não foi promissor para a companhia. A empresa apresentou lucro líquido de € 3,06 bilhões, queda de 15,9%. Já o faturamento alcançou € 36,74 bilhões, 3,9% inferior à receita apurada no mesmo período de 2023.