Montadora também garantiu que os motores a combustão seguem em linha
A Mercedes-Benz decidiu atrasar suas metas de eletrificação em cinco anos, ao mesmo tempo em que assegurou o desenvolvimento dos motores a combustão.
A fabricante é apenas mais uma a rever seus planos diante da forte queda na demanda global por carros elétricos.
Nova projeção reduz venda de carros elétricos
Agora, a empresa espera que as vendas de carros eletrificados, incluindo os hibridos, responda por até 50% do volume total a partir de 2030 – cinco anos depois da projeção feita em 2021, quando a Mercedes-Benz acreditava que atingiria a mesma porcentagem apenas com carros elétricos.
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O setor automotivo realizou investimentos enormes em veículos elétricos nos últimos anos, apostando que o mercado migraria para este tipo de propulsão em questão de anos.
Entretanto, a demanda não acompanhou o ritmo dos investimentos e, pior, apresenta forte queda no mundo inteiro. Isso obrigou as montadoras a reverem suas metas e até mudarem o planejamento estratégico. A GM, por exemplo, voltou atrás e admitiu produzir carros híbridos antes de partir exclusivamente para os elétricos.
Carros elétricos podem ter apenas 11% das vendas
Ola Kaellenius, CEO da Daimler, alertou que, mesmo na Europa, os carros elétricos podem não responder pela integralidade das vendas da indústria em 2030.
Para o executivo, os veículos movidos a eletricidade representariam apenas 11% do volume total, enquanto os híbridos teriam 19% das vendas.
Kaellenius revelou que a Mercedes-Benz está consultando clientes e investidores para descobrir se a marca está bem posicionada para seguir produzindo veículos movidos a combustão e se está preparada para as tecnologias que serão tendência na próxima década.
Atualmente, os planos da Mercedes-Benz englobam o lançamento de uma nova gama a partir de 2027 “capaz de nos preparar bem para a década de 2030”, segundo o CEO da fabricante.