Montadora pretende abocanhar fatia de mercado de concorrentes como Hilux e Amarok
Depois de alguns teasers e fotos misteriosas, a BYD finalmente mostrou ao mercado, na íntegra, o seu novo modelo de picape, a Shark. A apresentação foi feita na terça-feira, 14, em evento na Cidade do México.
O modelo foi batizado desta forma (tubarão, na tradução do inglês) por duas razões. A primeira, segundo a CEO Stella Li, é para ilustrar o comportamento que a montadora pretende adotar no mercado. Entre caça e caçador, já escolheram um lado.
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Traduzindo em termos comerciais, a BYD quer iniciar sua jornada no concorridíssimo segmento de picapes médias de forma agressiva.
O preço segue oculto por trás do biombo corporativo, mas podemos esperar valores muito competitivos, se considerarmos os seus últimos lançamentos no Brasil.
Tubarão inspirou equipe de design da montadora
A segunda razão para ter o nome que tem está relacionado ao produto em si. O tubarão foi o elemento que inspirou os designers da montadora ao longo de sua concepção.
Na parte da frente, por exemplo, há feixe de luz LED que, segundo a montadora, remete à boca do animal quando aberta. Na parte traseira, as luzes emulam as nadadeiras.
No entanto, talvez o detalhe mais interessante nessa brincadeira de misturar engenharia e biomimética (que é a ciência que estuda as estruturas animais) seja a velocidade do tubarão, ou melhor, do BYD Shark.
A ficha técnica do veículo indica uma performance de 0 a 100 quilômetros em 5,7 segundos. O desempenho se dá por meio do conjunto híbrido flex da picape, equipado com motor 1.5 turbo que pode gerar até 430 cavalos.
Esta característica especificamente deverá mexer no mercado das picapes médias com as quais a Shark pretende concorrer, sobretudo as já consagradas Toyota Hilux, Volkswagen Amarok, Chevrolet S10, Ford Ranger, Nissan Frontier, e por aí vai.
Em termos de velocidade, o conjunto híbrido da Shark (que é o mesmo do BYD Song Plus) supera esses concorrentes equipados com motores à combustão apenas.
No que diz respeito ao seu porte, a Shark só perde no entre-eixos para a VW Amarok – 3,26m contra 3,7m -, mas os centímetros a menos são compensados com um pacote de tecnologias interessantes.
O seu painel de instrumentos é de LCD e mede 10,25 polegadas. Há também uma tela multimídia giratória de 12,8 polegadas instalada no painel do veículo.
Há também sistema de chave acionada por NFC, projeção de informações do painel no vidro frontal da cabine e uma câmera que viabiliza uma visão exterior de 580 graus.
Picape Shark é um carregador ambulante
Outro feature interessante é o sistema chamado de VTOL (sigla para vechicle-to-load), por meio do qual é possível recarregar aparelhos elétricos a partir da energia que alimenta a picape.
E por falar em energia, a Shark tem baterias do tipo blade que são blindadas pela estrutura do seu chassi. E também por falar em chassi, a picape tem um sistema de suspensão independente nas quatro rodas, aumentando o conforto ao dirigir.
A BYD Shark deverá desembarcar nas concessionárias do Brasil no segundo semestre, entre agosto e setembro.