Desempenho comercial de 2022, no entanto, é visto como positivo pelas concessionárias que operam no país
Os licenciamentos de veículos realizados em 2022 somaram 2,10 milhões de unidades, apontou balanço da Fenabrave divulgado na quinta-feira, 5. O volume de veículos vendidos ficou 0,7% abaixo daquele registrado em 2021, mas o patamar de 2 milhões de veículos era mesmo tudo o que queria um setor que teve dificuldades para produzir e vender carros ao longo do ano passado.
“Tivemos a conflito Rússia-Ucrânia, juros altos, escalada dos preços, fora o problema da falta de peças nas montadoras. Manter o patamar de dois milhões de unidades mostrou que a indústria conseguiu se sustentar em meio a tantos desafios”, disse Andreta Junior, presidente da entidade que representa os concessionários no país.
O setor de distribuição de veículos comemora o resultado, mas vale ressaltar que suas projeções para 2022 indicavam para um crescimento de até 4,6% nos emplacamentos realizados no ano passado sobre 2021, somando 2,21 milhões de unidades.
Alta nas vendas de automóveis e comerciais leves
O volume de automóveis licenciados no janeiro-dezembro do ano passado cresceu 1,2% na comparação com igual período em 2021, com um total de 1,575 milhão de unidades. Apenas em dezembro, os licenciamentos totalizaram 164,1 mil unidades, 3,5% a mais do que em novembro e 5% a mais do que em dezembro de 2021.
Já os licenciamentos de comerciais leves caiu 9% no acumulado do ano passado, com um total de 380,7 mil unidades emplacadas. Assim como aconteceu com os automóveis, o efeito dezembro, mês em que historicamente há um maior fluxo de vendas e promoções, também incidiu sobre o segmento de comerciais leves. Naquele mês foram emplacadas 38 mil unidades, 14,5% a mais do que novembro e 1,5% a mais do que em dezembro de 2021.
De acordo com Andreta Junior, havia grande expectativa entre os concessionários de que o setor fecharia o ano com emplacamentos na casa das 2 milhões de unidades, uma vez que consideraram o ritmo comercial que vinha sendo visto no mercado ao longo do segundo semestre do ano passado, em curva ascendente.
“A taxa de inadimplência também caiu nesse intervalo de tempo, o que mostra que o consumidor conseguiu se capitalizar para quitar dívidas e honrar os financimentos. No começo do ano a taxa era de cerca de 8%, e caiu para 3% em dezembro”, contou o presidente da Fenabrave.