Mover será discutido com “tranquilidade”, diz presidente da Câmara

Arthur Lira (PP) espera que programa sirva de equilíbrio entre indústria nacional e estrangeira

Marcus Celestino

Marcus Celestino

Arthur Lira (PP) espera que programa sirva de equilíbrio entre indústria nacional e estrangeira

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que o Mover, nova fase do Rota 2030, será discutido com “tranquilidade” na Casa. Para ele, desta forma, os parlamentares poderão discutir o texto a fim de estabelecer os parâmetros com maior facilidade.

Ainda de acordo com o deputado, seus pares darão prioridade ao tema e estão atentos aos movimentos. As declarações foram dadas durante o Seminário Descarbonização – Os Caminhos Para a Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil. O evento foi realizado em Brasília (DF) e organizado pelo MBCB e pelo grupo Esfera.


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Lira comentou que o governo optou por deixar o texto anterior caducar (a MP 1205/23). Assim, a administração encaminhou projeto de lei com urgência constitucional.

“O governo tem de resolver algumas travas com relação a importações. Temos de resolver isso com o setor automobilístico, pois estamos vendo uma excessiva entrada de carros elétricos do exterior no país”, disse o presidente da Câmara, sem citar fabricantes ou modelos específicos.

“O Mover procura um equilíbrio entre a nossa indústria, as empresas aqui instaladas e a indústria estrangeira”, completou o presidente da Câmara, sem adentrar de modo mais enfático em questões referentes a protecionismo.

Combustíveis sustentáveis

O político comentou, ainda, que o Congresso está atento aos projetos ligados aos tópicos sustentáveis. Lira citou, inclusive, a aprovação de projeto que cria programas nacionais de diesel verde e biometano. Ademais, numa seara mais polêmica, o texto aprova maior adição de etanol na gasolina, passando, gradativamente, de 27% para 35%.


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Lira fez questão ainda de exaltar o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

“Precisamos de subsídios e incentivos, pois os Estados Unidos e a União Europeia já os oferecem. Por ora, não temos espaço orçamentário para isso. Daí a importância do Paten”, destacou.