Novo veículo da marca chinesa promete economia de R$ 1,32 no custo do km rodado
A JAC Motors lançou na quarta-feira, 24, o seu primeiro caminhão médio 100% elétrico. A marca chinesa diz que o novo E-JT oferece até 250 km de autonomia, 8,6 toneladas de carga útil e PBT (Peso Bruto Total) de 12,5 toneladas. O preço é de R$ 699 mil.
O veículo comercial é equipado com baterias com capacidade total de 107 kWh. O motor elétrico gera 235 cv de potência e 107 kgfm de torque máximo. A depender da carga e perfil de uso em operações, a autonomia do caminhão varia entre 150 km (quando ocupado com carga máxima) e 250 km (se estiver vazio).
Caminhão elétrico da JAC com terceiro eixo
O veículo usa a mesma base do iEV1200T, de 8,5 toneladas, porém equipado com o terceiro eixo para atender a demanda por mais espaço de carga nas entregas urbanas de grandes clientes, como Ambev, JBS, Mercado Livre, Pespsico e Magazine Luiza. Em relação aos modelos similares a diesel, o E-JT tem economia de R$ 1,32 no custo do km rodado, segundo cálculos da montadora.
De acordo com o presidente da JAC Motors, Sergio Habib, a empresa está de olho em novos segmentos com o novo caminhão médio elétrico.
“Queremos ganhar o mercado de caminhões de 10 a 15 toneladas, competindo com modelos como o e-Delivery, da Volkswagen”, afirma. “O Brasil tem um grande mercado com 50 mil caminhões urbanos. Poucos países têm um mercado desse tamanho, como Estados Unidos, Índia e China.”
Para a JAC, o E-JT ainda pode ser vantajoso para operações curtas. “Mesmo as empresas que andam menos de 100 km por dia estão comprando caminhões elétricos pelos benefícios e para reduzir a emissão de CO2, uma exigência cada vez maior de clientes, acionistas e dos governos. No ano que vem, com o Proconve L7, o preço do caminhão a diesel vai subir de 10 a 15%, ou seja, a diferença no preço dele e de um caminhão elétrico cai para R$ 90 mil”, aposta Habib.
A expectativa de vendas para o JAC E-JT é de 600 unidades por ano. Em 2021, a JAC vendeu esse mesmo número de caminhões elétricos no Brasil e deve fechar 2022 no mesmo patamar – até junho foram vendidas 300 unidades. “A taxa de juros aumentou a prestação mensal dos nossos veículos, se não, teríamos vendido mais”, garante Habib.