Modelo que conclui estratégia C-Cubed também mira os sedãs compactos e custa abaixo de R$ 90 mil
A Citroën apresentou de forma oficial o Basalt no mercado brasileiro com a clara estratégia de ser um crossover-cupê mais acessível. Mas não só isso. O modelo já chega como o SUV mais barato do Brasil e também como o carro turbo mais em conta do mercado brasileiro.
O terceiro modelo da Citroën fabricado em Porto Real (RJ) encerra a estratégia C-Cubed, plano estratégico anunciado no fim de 2021 que previa os lançamentos de três produtos inéditos em três anos. Antes do Basalt vieram o novo C3 em 2022 e o C3 Aircross no ano seguinte.
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Todos são produzidos sobre a plataforma modular CMP compartilhada com diversas marcas do grupo Stellantis – e que servirá de base para o Jeep Avenger, que também sairá da planta fluminense dentro de alguns anos.
Citroën Basalt joga em duas frentes
Curiosamente, a Citroën decidiu que o Basalt vai enfrentar concorrentes de duas categorias bem distintas. Além dos óbvios SUVs compactos, a marca quer posicioná-lo para bater de frente com os sedãs compactos.
Durante a apresentação do modelo à imprensa especializada, os executivos da montadora elencaram dois modelos como principais rivais: Renault Kardian e Nissan Versa. Mas com certeza eles não serão os únicos – ao menos para a Citroën.
SUV-cupê tem motor 1.0 aspirado e porta-malas grande
O Basalt estreia em três versões de acabamento: Feel, Feel Turbo 200 e Shine Turbo 200. A primeira será a única com o motor 1.0 aspirado da família Firefly, que entrega 75/71 cv e 10,5/10 kgfm. O câmbio é manual de cinco marchas.
Será a versão Feel a responsável por encarar os sedãs compactos como Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20 e, por que não, o próprio “primo” distante Fiat Cronos. Para tanto, a Citroën aposta em virtudes como o bom consumo de combustível, que chega a 14,6 km/l com gasolina na estrada.
As demais configurações usam o motor 1.0 turbo da linha T200, com 130/125 cv e 20,4 kgfm. Neste caso, a transmissão é do tipo CVT simulando sete velocidades.
Embora não pareça, o Citroën Basalt tem dimensões generosas. São 4,34 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,58 metro de altura e 2,64 metros de distância entre eixos. Destaque para o generoso porta-malas de 490 litros. A altura mínima do solo é de 18 cm e os ângulos de entrada e de saída são de 20,5º e 28º, respectivamente.
Central multimídia e painel digital em toda a linha
Frente aos seus concorrentes, a lista de equipamentos de série do Basalt é mais completa desde a versão de entrada Feel.
Citroën Basalt Feel 1.0: R$ 89.990
Itens de série: 4 airbags, painel digital com tela de 7 polegadas, central multimídia com tela tátil de 10 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera de ré, ar-condicionado, seis alto-falantes, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos nas quatro portas, rodas de liga leve de 16 polegadas, chave do tipo canivete, alarme, tampa do combustível com destravamento elétrico, coluna de direção com regulagem de altura e três entradas USB.
Citroën Basalt Feel Turbo 200: R$ 96.990
Todos os itens da versão Feel 1.0 mais a motorização 1.0 turbo T200 e câmbio do tipo CVT.
Citroën Basalt Shine Turbo 200: R$ 104.990
Todos os itens da versão Feel Turbo mais ar-condicionado digital, sensores de estacionamento traseiros, rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento diamantado, faróis de neblina, piloto automático com limitador de velocidade, bancos e volante com revestimento premium e apliques plásticos na dianteira e traseira. A pintura bitom com teto na cor preta é o único opcional.
Citroën Basalt First Edition Turbo 200: R$ 107.390
Todos os itens da versão Shine Turbo 200 mais logotipos First Edition, faixa preta entre as lanternas, pintura exclusiva Branco Nacré, rodas de liga-leve de 16 polegadas com acabamento escurecido, soleiras metalizadas, pedaleiras exclusivas, tapetes exclusivos e pintura bitom.
Um SUV-cupê proporcional
O Citroën Basalt tem linhas típicas de um SUV-cupê, realçadas em detalhes como a curvatura do teto em direção à traseira. No teto existem dois ressaltos que lembram corcovas, recurso estético que contribui para que o modelo tenha formas mais proporcionais.
Até as colunas centrais tudo é idêntico em relação aos lançamentos anteriores da Citroën – leia-se C3 e C3 Aircross. As lanternas têm formas diferentes que se sobressaem em relação à carroceria e ajudam a disfarçar a altura de SUV. No geral, as formas são harmoniosas e proporcionais.
A cabine usa bastante plástico como nos seus “irmãos” da marca francesa. Uma novidade é o ar-condicionado digital presente na versão Shine – e que já estava disponível como opcional no C3 Aircross.
Por causa da boa distância entre os eixos, o espaço interno é bastante generoso no banco de trás. Mesmo com a curvatura do teto, o Citroën Basalt tem boa área para a cabeça dos passageiros de alta estatura.