Modelo é um dos que serão fabricados na unidade de Camaçari
A picape BYD Shark será produzida na fábrica de Camaçari (BA), afirmou o chairman da montadora no país, Alexandre Baldy, na terça-feira, 14.
O executivo disse, ainda, que faltam detalhes para precisar quando o modelo entrará na linha. A projeção mais recente da companhia acerca do início da produção na Bahia indica atividades em dezembro deste ano, em regime de montagem SKD.
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O fato é que a picape, lançada globalmente na Cidade do México, também suscita a resolução de questões antes de ser vendida oficialmente no Brasil, no início do segundo semestre.
De acordo com Baldy, o modelo ainda não foi homologado para o mercado brasileiro, ou seja, ainda precisará ser submetido a uma série de testes de rodagem e de emissões impostos por órgãos governamentais locais.
A própria composição do preço é algo que precisa ser definido pela montadora. Vai definir o tíquete médio o seu posicionamento no segmento, contou o executivo, bem como temas tributários.
No México, a versão topo GS será vendida por cerca de R$ 295 mil. A versão de entrada, a GL, será vendida na casa dos R$ 200 mil. Ainda não se sabe se ambas as versões, e as três opções de cores mostradas no lançamento, desembarcarão no país.
“Hoje o segundo maior mercado potencial para a picape Shark é o Brasil”, disse Baldy durante o lançamento do modelo no México. O primeiro seria a China, onde está a casa matriz da companhia.
Ainda que a picape Shark esteja envolta em uma nuvem de incertezas, o que é certo é que ela chega para brigar com modelos a combustão há muito consagrados no mercado local, como é o caso da Toyota Hilux.
Picape Shark eleva patamar de tecnologia no segmento
É preciso ver como o mercado consumidor deste modelo vai reagir à proposta da Shark, que de certa forma está elevando o nível de tecnologia no segmento, sem contar a sua motorização híbrida flex de 430 cavalos.
De qualquer forma, a BYD mostra que adotará um perfil agressivo em um segmento que costuma proporcionar margens interessantes às montadoras.
No Brasil, os números de vendas recentes da sua oferta indicam que o mercado local absorveu a marca.
Aos poucos a companhia vai se mostrando como um importante player na região, executando um planejamento global de conquista de novos mercados afora a China.
Com tamanha presença, fica a pergunta: o lançamento da picape, no México, não poderia ser uma espécie de demonstração de força ao vizinho Estados Unidos que, por acaso, é o principal mercado de picapes do planeta?