Lançado na Europa em 2021, chassi para modelos urbanos contou com atuação da engenharia brasileira em seu projeto
A Volvo integrará em 2023 o rol de fabricantes de ônibus elétricos com oferta no mercado brasileiro, que já conta com Mercedes-Benz, Eletra, BYD e Volkswagen Caminhões. Chegará ao país no ano que vem o chassi para modelos urbanos chamado BZL que, apesar de ser uma plataforma global, teve metade do seu processo de desenvolvimento realizado por funcionários brasileiros da fábrica que a empresa mantém em Curitiba (PR).
Os primeiros lotes do chassi, que está no momento em fase de homologação para o mercado local, serão de unidades importadas da Suécia. De acordo com Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Buses América Latina, a produção local do BZL seguirá o mesmo projeto do modelo global, com o piso baixo e pacotes de baterias instalados no teto do veículo.
“Podemos dizer que ele é metade brasileiro, considerando que metade do processo de desenvolvimento foi realizado pela nossa engenharia”, contou o executivo na terça-feira, 9, durante a Lat.Bus Transpúblico, feira de transporte realizada no São Paulo Expo, em São Paulo.
Chassi integra atual ciclo de investimento
O seu desenvolvimento, inclusive, foi financiado por pelo aporte mais recente anunciado pela montadora, de R$ 1,5 bilhão até 2025. O chassi, inclusive, já passou por testes em países vizinhos, como o Chile e, em breve, em Bogotá, na Colômbia. O investimento também financiou o desenvolvimento da nova plataforma Euro 6 da companhia, apresentada no evento.
O chassi B51OR, que estreia no mercado nacional também em 2023, tem aplicação em modelos rodoviários e é equipado com motor de 13 litros que atende às diretrizes da norma de emissões Euro 6. O conjunto, assim como a caixa i-shift, é a mesma que a montadora emprega em seus caminhões pesados.
Voltando para o modelo elétrico BZL, o chassi é equipado com dois motores de 200kW instalados na parte traseira. Foi projetado para carrocerias de 9 a 13,2 metros de comprimento, com capacidade para transportar até 90 passageiros. No exterior, a montadora emprega o veículo em negócios que envolvem a oferta da energia das baterias.