Montadoras produziram mais de 50 mil caminhões até julho

Resultado representou queda de 36% ante o mesmo período em 2022, reflexo dos altos estoques

Ana Paula Machado

Ana Paula Machado

Resultado representou queda de 36% ante o mesmo período em 2022, reflexo dos altos estoques

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A produção de caminhões em julho segue em ritmo lento. Foram fabricadas 6,7 mil unidades ante 12,7 mil veículos montados no mesmo período do ano passado, uma queda de 47%. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 7, pela Anfavea, a associação que representa as montadoras.


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No acumulado do ano, foram fabricados 53,9 mil caminhões, 36% a menos do que no janeiro-julho de 2022. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, apesar do mau desempenho este ano, a produção de veículos pesados está em linha com as expectativas da entidade.

Segundo ele, com a adoção da nova tecnologia de emissões, o Proconve 8, houve antecipação das compras em 2022. A produção que se seguiu em 2023 acabou virando estoque, uma vez que muitos dos frotistas já promoveram a renovação em 2022.

“Se compararmos o desempenho da produção com os últimos cinco anos, vemos que somente 29% do volume comercializado em julho foi de veículos produzidos este ano. Historicamente, 55% das vendas são de caminhões fabricados no mesmo ano”, disse Bonini. “Isso demonstra que ocorreu uma antecipação de compras no ano passado.”

 

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Os emplacamentos de caminhões realizados no mês passado somaram 8,37 mil unidades, queda de 27,6% no comparativo com julho de 2022. No acumulado, foram vendidos 60,91 mil veículos, o que representou  recuo de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

Linhas também produziram menos ônibus

A produção de chassis de ônibus também caiu. De acordo com os dados da Anfavea, foram fabricados 1,9 mil veículos em julho, 39% a menos ante o volume registrado em julho de 2022.

Já no acumulado do ano, as linhas produziram 11,44 mil unidades, 30,5% a menos na mesma base de comparação.

As vendas de ônibus, no entanto, foram 20,8% maiores em julho, conforme a Anfavea. Foram emplacadas 1,5 mil unidades no mês. No acumulado do ano, os licenciamentos somaram 12,8 mil ônibus, volume 50% maior que o mesmo comercializado entre janeiro e julho de 2022.


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“Este mercado é o reflexo do que foi produzido no ano passado. Há um intervalo maior entre a produção de chassi e a venda do ônibus completo. Isto explica a alta nos licenciamentos em julho”, disse Bonini. “Do total do volume emplacado 17% foi produzido este ano e a média dos últimos cinco anos era de 35%. Também estamos bem aquém do volume histórico.”