Representantes do setor automotivo e do poder público se reuniram em São Paulo para divulgar o novo ciclo de investimentos no país
Chegou a R$ 125 bilhões o volume total de investimentos anunciados pela indústria automotiva no país, recursos que estão sendo comemorados pelas montadoras e pelo Governo Federal como o maior ciclo de aportes da história.
Os investimentos envolvem recursos anunciados por montadoras de veículos leves, pesados e máquinas agrícolas desde 2021. O valor poderá ser maior, caso se confirme a expectativa das fabricantes de autopeças de investir R$ 6 bilhões.
Na sexta-feira, 12, o evento de inauguração da nova sede da Anfavea, a associação que representa as montadoras de veículos no país, em São Paulo (SP), serviu de palco para uma espécie de celebração desses investimentos.
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Cerca de dez CEOs de montadoras estiveram reunidos antes da solenidade com representantes do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e membros do MDIC, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Após o encontro, essa espécie de comitiva subiu para o oitavo andar do Berrini One, onde fica a nova sede da Anfavea, para formar outro grupo, esse agora encabeçado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin.
As expectativas se confirmaram: ambos enalteceram o volume de recursos que as montadoras se comprometeram a realizar no país entre 2021 e 2032. Contudo, pouco se falou a respeito do Programa Mobilidade Verde (Mover) que ainda não foi regulamentado em sua totalidade e cuja vigência virou assunto urgente no congresso.
Afora a comemoração em torno dos investimentos, os representantes da indústria e do governo falaram durante o evento sobre o cenário das exportações de veículos, que estão em queda, e também sobre esforços em torno da retomada das vendas no mercado interno.
“Para voltarmos a crescer, precisamos da união dos governadores”, disse o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, direcionando agradecimentos àqueles com mandato em estados onde há montadoras instaladas, como Minas Gerais e Paraná.
Leite também pediu união ao STF, onde corre processo que averigua inconstitucionalidade da Lei Renato Ferrari, que rege as relações comerciais entre fabricantes de veículos e seus distribuidores.
Para o presidente da República, o mercado doméstico já passou a dar sinais de que o ambiente de consumo melhorou, o que acabou pavimentando os investimentos anunciados pelas montadoras.
“Aconteceu alguma coisa. A indústria passou a ter confiança no Brasil, a ter segurança jurídica, estabilidade econômica e social, porque é tudo o que interessa para quem quer investir”.