Greve paralisa produção da GM, Ford e Stellantis nos Estados Unidos

Cerca de 13 mil trabalhadores cruzaram os braços nas linhas de modelos de maior lucratividade das montadoras

Redacao AB

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Cerca de 13 mil trabalhadores cruzaram os braços nas linhas de modelos de maior lucratividade das montadoras

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O que se desenhava no horizonte acabou acontecendo: em uma jogada histórica, quase 13 mil trabalhadores das três grandes montadoras de Detroit – General Motors, Ford e Stellantis – entraram em greve na manhã da sexta-feira, 15.

Segundo informações do site Automotive News, a paralisação ocorre nas linhas dos modelos mais lucrativos das montadoras: Ford Bronco, Jeep Wrangler e Chevrolet Colorado. Uma medida que tem como objetivo aumentar a pressão sobre as fabricantes e seus fornecedores.


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Em 88 anos de existência, esta é a primeira vez que o sindicato dos trabalhadores das montadoras, o UAW, articula, com adesão, uma greve simultânea contra as três empresas. As negociações pareceram estagnar nas últimas horas, mesmo depois das fabricantes terem aumentado as suas propostas de aumento salarial.

Os locais da primeira rodada da greve são: fábrica de montagem da GM em Wentzville, onde são produzidos os modelos Chevrolet Colorado e GMC Canyon, alem das vans Chevrolet Express e GMC Savana; unidade da Ford em Michigan, onde são feitos o Bronco e a picape Ranger e complexo de montagem da Stellantis de Toledo, em Ohio, onde são produzidos os Jeep Gladiator e Wrangler.

A GM, em comunicado, disse ter recebido notificação oficial do sindicato. “Estamos decepcionados com as ações da liderança do UAW, apesar do pacote econômico sem precedentes que a GM colocou sobre a mesa, incluindo aumentos salariais históricos e compromissos de produção”, disse a empresa.


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Também em comunicado, a Stellantis informou: “Estamos extremamente decepcionados com a recusa da liderança do UAW em se envolver de maneira responsável para chegar a um acordo justo no melhor interesse de nossos funcionários, suas famílias e nossos clientes”.

A Ford ainda não havia se manifestado até a manhã da sexta-feira.