Presidente do sindicato que representa os trabalhadores informou que o progresso das conversas com as montadoras está devagar
A greve que parou parte da produção da General Motors, Ford e Stellantis nos Estados Unidos entrou no quarto dia nesta segunda-feira, 18, e segundo o sindicato do trabalhadores, o UAW, as negociações entre as partes ainda estão lentas.
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“O progresso é lento”, disse o presidente da entidade, Shawn Fain, a uma emissora de TV local. O UAW retomou as negociações com a GM no domingo, 17. A expectativa é que as conversas sigam com Ford e Stellantis ao longo da segunda-feira.
Cerca de 12,7 mil trabalhadores filiados ao UAW permanecem em greve desde sexta-feira, 15. O movimento faz parte de uma ação trabalhista coordenada que visa a paralisação de parte das fábricas dessas montadoras instaladas nos Estados Unidos.
A Stellantis disse no sábado, 16, que aumentou sua oferta, com aumentos de 20% ao longo de um contrato de quatro anos e meio. O que inclui reajuste imediato de 10%. Isso corresponde às propostas da GM e da Ford.
As propostas, no entanto, representam cerca de metade do aumento salarial de 40% que o UAW exige até 2027, incluindo reajuste imediato de 20%.
A greve coordenada interrompeu a produção em três fábricas (Michigan, Ohio e Missouri) que produzem o Ford Bronco, o Jeep Wrangler e a Chevrolet Colorado. Modelos que, segundo o sindicato, proporcionam maiores margens de lucro às fabricantes.
Afora as fábricas paralisadas, General Motors e Ford informaram que a greve poderá afetar a produção de outras unidades.
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“Nosso sistema de produção é altamente interconectado, o que significa que a estratégia de greve terá repercussões nas instalações que não são diretamente alvo de paralisações de trabalho”, disse um porta-voz da Ford em comunicado.
A GM também notificou funcionários de outras fábricas a respeito da possibilidade de paralisação, uma fez que as unidades afetadas pela greve fornecem peças para outras linhas de montagem.