Planos das partes envolve a criação de uma lei que torne permanente o pacote de benefícios para o segmento
O programa de incentivo à compra de veículos zero quilômetro pode ter alterações em seu texto no que diz respeito ao segmento de caminhões.
Na sexta-feira, 14, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que está em estudo a prorrogação do tempo de concessão dos descontos para além dos quatro meses previstos na medida provisória 1175.
“Estamos estudando a prorrogação, talvez tornar os descontos algo permanente”, disse Alckmin durante visita à fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP).
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O vice-presidente não entrou em detalhes a respeito de como o Estado pretende estender os incentivos. De qualquer forma, a medida pode acelerar as vendas de caminhões dentro do escopo do programa, assim como ocorreu com o segmento de automóveis.
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Para Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas da Mercedes-Benz, as montadoras, via Anfavea, que é a associação que as representam no país, já vinham discutindo esta ampliação.
“O setor não precisaria de um programa desse se houvesse um cenário de juros melhor”, disse o executivo. “É preciso que o texto sobre caminhões vire lei, se torne algo permanente. Os R$ 500 milhões disponíveis não serão consumidos nesses quatro meses porque todo o processo de certificação é demorado.”
Até o fim da primeira semana de julho, o programa de incentivos para o setor de pesados havia consumido R$ 240 milhões – R$ 100 milhões para caminhões e R$ 140 milhões, para ônibus – do total de R$ 1 bilhão colocado à disposição pela MP.