Montadora diz que funcionários afetados poderão se candidatar a outras vagas na empresa
A General Motors pretende aumentar a produção de carros elétricos nos Estados Unidos. Entretanto, a empresa também pretende eliminar 200 postos de trabalho na área de engenharia, embora os funcionários afetados terão a opção de migrar para outras áreas.
VEJA MAIS:– GM investe em startup que pode mudar produção de carros elétricos– GM fala em produção de carros elétricos no Brasil e reforça posicionamento contra fim de benefícios
A decisão faz parte de um novo plano estratégico chamado “Winning with Simplicity” (ou “Vencendo com Simplicidade”, em português).
Na metade de 2024, a General Motors pretende ter iniciado a produção de vários carros elétricos. Até lá, a fabricante quer atingir o volume de 400 mil veículos produzidos, como meta para atingir a marca de 1 milhão de carros elétricos por ano a partir de 2025.
O objetivo ficará mais próximo de ser atingido após a inauguração de sua segunda fábrica de células de baterias, que começa a operar em parceria com a LG Energy Solution no Tennessee (EUA) ainda neste ano.
Your browser doesn’t support this video format.
Hoje, a GM já opera uma fábrica localizada em Ohio, também nos EUA. A abertura da segunda unidade aumentará a capacidade produtiva e, por consequência, a oferta de modelos elétricos, desde que a GM consiga lidar com os problemas de produção em escala enfrentados atualmente.
Empresa espera alavancar volume de produção em breve
O ritmo de produção dos carros elétricos baseados na plataforma Ultium, incluindo o GMC Hummer EV e o Cadillac Lyriq, está abaixo do planejado.
A demanda de produção só poderá crescer quando todas as quatro marcas da General Motors (Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick) tiverem lançado seus modelos elétricos, algo que acontecerá em 2024. A partir daí, o grupo norte-americano poderá dar continuidade à sua estratégia de ter uma linha inteiramente elétrica até 2035.
A CEO da GM, Mary Barra, disse que a empresa já produziu 50 mil carros elétricos na América do Norte no primeiro semestre deste ano, sendo que 80% deste volume é do Chevrolet Bolt.
A meta para o restante do ano é de chegar às 100 mil unidades produzidas. A fabricante diz que a maioria desse volume será de veículos baseados na nova plataforma Ultium.
“Alguns críticos falaram que deveríamos estar em um ritmo mais rápido com nossos carros elétricos. Estamos indo o mais rápido possível, mas queremos ter certeza de que teremos uma plataforma que nos dará eficiência com a (base) Ultium e que nossos clientes não terão de se preocupar com nada. Estou muito confiante com nossa futura gama de produtos, bem como os preços e a demanda por eles”, afirmou Barra.
Cortes serão realizados em várias áreas
Sobre a extinção de até 200 postos de trabalho, a fabricante diz que está tomando providências para reequilibrar as fontes de engenharia “para se alinhar de forma mais adequada à estratégia de crescimento”.
“Isso resultará na mudança de um pequeno número de engenheiros para outras áreas da organização nos próximos meses. Vamos trabalhar juntamente com os afetados e oferecê-los a oportunidade de se candidatarem a posições em aberto”, afirmou a empresa.
– Faça a sua inscrição no #ABX23 – Automotive Business Experience
Mary Barra, CEO da GM, afirmou que o plano estratégico pretende reduzir os custos de design e engenharia, além de diminuir a complexidade nos processos de encomendas de veículos e manufatura.
A fabricante pretende cortar vários processos pela metade, o que “resultará em um número menor de componentes para simplificar o trabalho das áreas de marketing, engenharia e manufatura, além de manter as qualidades desejadas por nossos clientes”, segundo Barra.
A meta é atingir uma redução de custos de US$ 2 bilhões nos próximos dois anos. Barra afirmou que a montadora registrou US$ 1 bilhão em cortes de custos fixos, o que compensará o impacto de US$ 1 bilhão em depreciação e amortização para reduzir os custos fixos em US$ 2 bilhões até o fim de 2024.
Aproximadamente 5 mil funcionários optaram por aderir ao programa de demissão voluntária, que resultará em uma redução de custos estimada em US$ 1 bilhão. E também impedirá a realização de layoffs.
Além disso, a GM pretende cortar US$ 800 milhões em gastos das áreas de marketing e vendas.