GM processa São Francisco por tributação indevida

Montadora informa ter sido taxada em US$ 108 milhões, apesar de quase não vender nem gerar empregos na cidade

Redacao AB

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Montadora informa ter sido taxada em US$ 108 milhões, apesar de quase não vender nem gerar empregos na cidade

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A General Motors faz movimento inusitado nos Estados Unidos e abre processo contra a cidade de São Francisco, na Califórnia. Tudo porque a fabricante teria recebido conta nada modesta de US$ 108 milhões em impostos apesar de não ter operação relevante na cidade, gerar poucas vendas e zero emprego ali. 

O grupo automotivo mantém no município apenas a operação da Cruise, startup de software para condução autônoma que a GM comprou em 2016, mas atual de forma totalmente separada, com faturamento ainda muito baixo.


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Segundo a fabricante de veículos, a gestão municipal calculou os impostos não com base na Cruise, mas levando em conta a General Motors como um todo, taxando mais de US$ 3 bilhões em receitas da empresa.

A denúncia argumenta que o negócio central automotivo da montadora não tem qualquer relação com São Francisco: “A GM não emprega ninguém na cidade, não tem fábricas ou sede física, não possui concessionárias e vende apenas quantidade mínima no varejo (aproximadamente R$ 677 mil em 2022)”.

Crise na Cruise, em São Francisco

A montadora pede que a taxação seja justa, com base na operação da Cruise que, inclusive, tem muitos funcionários que trabalham de forma remota, fora de São Francisco. O imbróglio acontece em momento delicado para a empresa de tecnologia da GM. Em outubro, a startup perdeu a licença para testar suas tecnologias em vias públicas da Califórnia após alguns acidentes – um deles, com um pedestre seriamente ferido.

Os problemas geraram US$ 13 milhões em multas e penalidades para a Cruise.