França tenta segurar montadoras que querem migrar para os EUA

Presidente do país, Emmanuel Macron, recebe executivos da BMW e da Volvo para tentar frear transferência de linhas de montagem

Redacao AB

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Presidente do país, Emmanuel Macron, recebe executivos da BMW e da Volvo para tentar frear transferência de linhas de montagem

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As medidas protecionistas do governo dos Estados Unidos já fazem a Europa se mexer. O presidente da França, Emmanuel Macron, terá um encontro com executivos de montadoras e de empresas de outros ramos para tentar evitar uma sangria das linhas de produção do país. Isso porque muitas companhias cogitam transferir operações para os EUA após a aprovação do pacote anti-inflação de Joe Biden.

A nova Lei de Redução da Inflação dos EUA condiciona uma série de incentivos fiscais à produção em solo estadunidense, além de oferta de energia a baixo custo. Segundo as indústrias da União Europeia, o novo pacote torna o investimento na Europa menos competitivo – ainda mais em relação à energia, que tem sido um problema no continente desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Estamos tendo dificuldades com empresas que estão começando a considerar deslocar sua produção ou fazer futuros investimentos fora da Europa”, disse uma autoridade francesa ao site Autoblog

Montadoras podem migrar devido aos custos de energia

Macron terá um jantar com representantes da BMW e da Volvo. Participarão do encontro também executivos de grupos dos setores químico, farmacêutico e de telecomunicações. No fim de semana, o governo francês divulgou uma série de medidas para minimizar o impacto dos elevados custos de energia para as empresas instaladas no país.

O mandatário francês chegou a pedir à União Europeia que lançasse seu próprio pacote de medidas para subsidiar a produção europeia. Porém, teria encontrado resistência de  membros mais antiprotecionistas do bloco.