Primeira picape híbrida do Brasil custa o mesmo que a versão FX4 movida a gasolina
A primeira picape híbrida do mercado brasileiro é da Ford. A Maverick Hybrid começa a vir dos Estados Unidos em versão única de acabamento e pelos mesmos R$ 244.890 da configuração FX4 movida a combustão.
Segundo a Ford, a estratégia (que pode parecer estranha para alguns) é uma forma de permitir que o cliente escolha entre uma opção com foco no desempenho e outra voltada para o consumo de combustível.
Nisso, aliás, a picape manda bem. Segundo a fabricante, mesmo contando com um tanque de 57 litros, a Maverick Hybrid faz 15,7 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, resultando em uma média combinada de 14,6 km/l.
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Só que na prática os números podem ser ainda mais impressionantes. Durante nosso primeiro contato, a melhor média urbana com trânsito carregado e duas pessoas a bordo foi de 17,2 km/l no modo Normal. Na estrada, a média saltou para ótimos 25 km/l, chegando a 30 km/l com o modo Eco selecionado em determinados trechos rodoviários.
Talvez isso explique porque a Ford listou como rivais Jeep Compass Trailhawk e Fiat Toro Ultra, ambos movidos a diesel. É verdade que a Maverick custa bem mais do que sua concorrente de segmento, mas ganha a briga em relação ao Compass.
Como anda?
Além dos ótimos números de autonomia (que pode passar dos 800 km, segundo a Ford), a Maverick Hybrid não decepciona quando o assunto é desempenho.
É curioso apertar o botão de partida e não ouvir barulho algum. Apenas o aviso “Ready” indica que posso seguir viagem. O motor elétrico segue impulsionando o veículo nos primeiros metros até entender que uma certa situação exige mais potência, e aí o motor a combustão é convocado.
Estamos falando de um 2.5 de ciclo Atkinson, que entrega 194 cv e torque máximo de 21 kgfm. A versão a gasolina, por sua vez, tem um 2.0 turbo de 265 cv.
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Apesar dessa diferença, a Maverick Hybrid agrada ao volante. O conjunto é eficiente nas acelerações A transmissão é do tipo e-CVT e é responsável pelo motor de tração. Já a bateria de 27 kW fica posicionada sob o assoalho e pesa 27 kg.
Cinco modos de condução estão disponíveis. Além do Normal, o carro conta com os modos Eco, Esportivo, Reboque e Lama. Mas é bom não se empolgar ao deixar o asfalto, uma vez que a Maverick Hybrid possui tração dianteira, enquanto a versão FX4 tem tração integral.
A posição de dirigir fica no meio do caminho entre um automóvel de passeio e uma picape. O motorista viaja acima da maioria dos veículos, mas não se sente acima de todo mundo. Estranhamente, isso também acontece com o passageiro da frente, o que causa algum estranhamento. Atrás, o espaço para as pernas é regular, embora o assento curto e alto não favoreça o conforto em viagens mais longas. Se serve de consolo, existe um descansa-braço central com porta-copos e alguns porta-objetos ali.
O que tem de bom?
O pacote de equipamentos trazido para cá não muda em relação à versão FX4. Há 6 airbags, sensores de pontos cegos, controles de estabilidade e de tração, ar condicionado digital com duas zonas de temperatura, direção elétrica, rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus de baixa resistência ao rolamento,
Faltam alguns requintes, como o painel inteiramente digital (existe apenas uma tela colorida de TFT entre os mostradores analógicos), central multimídia com uma tela maior e software mais moderno, carregador de celular por indução e saída de ar-condicionado para os passageiros de trás. O acabamento peca pela simplicidade excessiva, com muito plástico duro na cabine de um carro que custa mais de R$ 250 mil.