Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki se unem à gigante de energia para padronizar peças e facilitar o ecossistema de reciclagem do componente
Honda, Kawasaki, Suzuki e Yamaha: as maiores fabricantes de motocicletas do mundo se uniram com a Eneos, fornecedora japonesa de energia, para criar uma nova empresa que pode impulsionar a mobilidade elétrica, a Gachaco. A partir de quinta-feira, 1, a empresa com sede em Tóquio vai oferecer serviço de compartilhamento de baterias trocáveis e padronizadas para motos elétricas.
As montadoras concordaram em estabelecer uma especificação comum para baterias de motos elétricas, que agora serão intercambiáveis. Uma estratégia para diminuir o impacto ambiental desse componente.
Outras frentes de negócios
No futuro, a ideia é que a Gachaco promova também o uso de baterias retornáveis padronizadas para outras aplicações, como peças de armazenamento instaladas em estabelecimentos comerciais e residências particulares. Além de difundir estratégias para popularizar as motos elétricas no mundo.
Junto com as fabricantes estará também a Eneos, gigante japonesa de energia e maior acionista da Gachaco (51% das ações). A Eneos terá papel fundamental na construção de um ecossistema de reciclagem de baterias por meio de uma plataforma ‘Battery as a Service’ (Bateria como Serviço, traduzido do inglês).
Com essa visão, a fornecedora de energia desenvolverá soluções para os problemas de mobilidade elétrica, como a preocupação com a falta de energia durante o trajeto de um veículo elétrico ou o longo tempo de carregamento dos eletropostos.
Postos para troca de baterias
A Gachaco lançará o serviço de compartilhamento de baterias com o Honda Mobile Power Pack E, que atende aos padrões comuns para motocicletas elétricas, até o terceiro trimestre deste ano de 2022. As estações de troca de baterias estarão localizadas em Tóquio e em outras grandes cidades do Japão, em locais como estações ferroviárias e postos de serviço Eneos. As baterias gastas também serão coletadas e analisadas para reuso ou reciclagem.
A Eneos, como maior acionista, ficará com 51% das ações da companhia. A Honda terá 34%, enquanto a Kawasaki, Suzuki e Yamaha serão donas de 5%, cada uma.