Eve, da Embraer, busca fornecedores para carros voadores

Empresa estuda com a DHL como será a cadeia de suprimentos da produção dos veículos no país

Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Empresa estuda com a DHL como será a cadeia de suprimentos da produção dos veículos no país

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Depois de anunciar início dos testes com aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), e uma fábrica para a produção deles em Taubaté (SP), a Eve, empresa subsidiária à Embraer, agora busca fornecedores para componentes estratégicos, como hélices, peças para motores e, claro, bateria.


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A busca por peças e a gestão dos componentes é algo visto como relevante para as pretensões da empresa neste momento. Tanto que foi assinado um memorando com a DHL para que, juntas, as empresas possam estudar como se dará a operação logística de uma eventual cadeia de suprimentos dos eVTOLs.

“Estamos falando de baterias para 100 quilômetros de autonomia”, disse André Stein, CEO da companhia. “Por conta disso, a operação dessas aeronaves é algo muito ligado ao ambiente urbano”, completou o executivo.

 

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Apesar da estimativa, o futuro desses veículos aqui no Brasil apresenta mais perguntas do que respostas. De acordo com Stein, há muito ainda a ser definido, como regulamentação e preparação de controladores, por exemplo.

“A regulamentação usada por helicópteros não atende, na totalidade, as demandas de voo dos eVTOLs”, contou.

Modelo de negócio em desenvolvimento

Ainda precisa ser definido o modelo de negócio no qual esses veículos serão protagonistas. O executivo disse que o foco da empresa, inicialmente, não é vender para pessoas físicas, algo que acontece no segmento de helicópteros. A meta da empresa é direcionar seus esforços para clientes corporativos.

“Por conta do valor, estamos falando de vendas para empresas que buscam diversificar os seus negócios de transporte. Estamos, no momento, conversando com vários operadores. Já apresentamos o conceito”, disse Stein.


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Em março, a Eve revelou que havia concluído os testes realizados na Suíça em túnel de vento com sua aeronave de decolagem e pouso vertical. A Eve disse ainda que o protótipo será apresentado oficialmente ao mercado em 2024.

Vale dizer ainda que a Eve tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York e mais de 1,8 mil aeronaves encomendadas por diversos clientes ao redor do globo. O que totaliza uma promessa de faturamento de US$ 5,2 bilhões para os próximos anos.