Pesquisa aponta que ritmo de crescimento vai ser menor em países mais pobres
Um novo estudo da EIA (Energy Information Administration), a agência de planejamento energético dos EUA, aponta que a frota de veículos leves elétricos vai saltar de 0,7% em 2020 para 30% em 2050.
A quantidade de carros nas ruas, tanto elétricos quanto a combustão, também deve subir bastante, saltando de 1,31 bilhão em 2020 para 2,21 bilhões em 2050. A frota dos veículos a combustão deve atingir seu ápice em 2038 e depois começar a declinar por causa dos elétricos.
A EIA divide seu estudo em dois grupos de países: os dentro da OECD e os fora. A sigla é para Organisation for Economic Co-operation and Development (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento) e designa um grupo de 38 países, a maioria ricos. Segundo o estudo, nesses países, a adoção dos elétricos será mais rápida.
Fazem parte da OECD: Alemanha, Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, EUA, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Checa, Suécia, Suíça, Reino Unido e Turquia.
“Nós projetamos que a população dos países não-OECD vai crescer mais de três vezes em relação à taxa de crescimento dos países OECD, e também que a motorização dos países não-OECD irá saltar de 92 veículos por mil pessoas em 2020 para 173 veículos por mil pessoas em 2050”, diz o texto.
“A motorização dos países OECD vai se manter em cerca de 530 veículos por mil pessoas ao longo do período projetado. Por causa desse crescimento em população e taxa de motorização, nós projetamos que o número de veículos leves em países não-OECD irá ultrapassar o dos países OECD em 2025”, afirma.
Com isso, em 2050, os países OECD terão 34% da frota de leves composta por elétricos, ao passo que os demais terão apenas 28%, incluindo o Brasil e a China.
Mas esse estudo, vale dizer, é feito em cima das atuais condições tecnológicas e políticas. A projeção não leva em conta novos incentivos para a adoção de elétricos, sejam eles tecnológicos ou por meio de ações governamentais. Vários países têm realizado esse tipo de ação neste ano, seja instituindo metas agressivas para redução de emissão de gases, seja dando subsídios para que as famílias comprem carros elétricos.