Digitalização é desafio e tendência para concessionários

Estudo realizado por Automotive Business e Roland Berger mostra os principais caminhos para a indústria em 2022

Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Estudo realizado por Automotive Business e Roland Berger mostra os principais caminhos para a indústria em 2022

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A pandemia e o avanço dos serviços digitais mudaram as operações das concessionárias. Dados da pesquisa Cenários para a Indústria Automobilística, produzida pela Automotive Business em parceria com a Roland Berger, mostram os efeitos desses dois fatores no planejamento de nas projeções da rede de distribuição de veículos.


Clique aqui e baixe o relatório da pesquisa Cenários para a Indústria Automobilística


O estudo mostrou que o principal desafio apontado pelos concessionários para o ano é a falta de veículos nas lojas, um reflexo da crise dos semicondutores, que provocou paralisações nas linhas de montagem instaladas no país. Parcela de 35% dos entrevistados elegera o tema como aquilo que mais preocupa.

Pressão sobre as margens (31%) e transição para modelos digitais (21%) apareceram na sequência na pesquisa como desafios que também devem ser considerados no momento.

A digitalização, no entanto, é apontada como principal tendência para o setor de distribuição. 41% dos entrevistados afirmaram no levantamento que a transição do modelo físico de vendas para a internet, por meio das plataformas de e-commerce, deverá ditar o momento de transformação pelo qual passam as concessionárias.


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“O que vemos hoje são concessionárias que mudam por tendências de varejo, com o avanço da conectividade e, como consequência, com a popularização do e-commerce. O consumidor hoje chega na loja com muito mais informações sobre os veículos do que anos atrás”, disse Marcus Ayres, consultor da Roland Berger.

Aumento dos grupos multimarcas (25%) e novas consolidações (22%) também foram apontados pelos entrevistados como tendências fortes no mercado.

A respeito dos fatores que podem conduzir as concessionárias ao crescimento, os serviços (32%) apareceram como principal aposta da rede em termos de novos negócios. Outras operações consideradas de maior potencial são a venda de peças e acessórios (16%) e as vendas diretas (15%), que também passam pelas mãos das concessionárias.

Sobre onde investir em 2022, os entrevistados indicaram que a maior parte dos aportes realizados este ano serão feitos em marketing, vendas e digitalização (33%). Eficiência operacional (24%) e expansão do pós-venda (21%), fecham a lista.