Demanda pela nova Montana faz GM acelerar produção no ABC

Picape chega só em 10 de fevereiro e fabricante se vale de margem de gordura em São Caetano para elevar volumes e atender a demanda das concessionárias

Fernando Miragaya

Fernando Miragaya

Picape chega só em 10 de fevereiro e fabricante se vale de margem de gordura em São Caetano para elevar volumes e atender a demanda das concessionárias

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A nova Montana nem chegou, mas já faz a General Motors mudar seu planejamento de produção. A montadora adotou um discurso cauteloso em relação à expectativa de vendas da picape, contudo, precisou usar sua “margem de gordura” para elevar a produção na unidade de São Caetano do Sul. Tudo porque, justifica a companhia, a demanda surpreendeu positivamente nesse primeiro momento.

A fila de pedidos pela picape já soma 10 mil unidades, isso sem contar as duas mil picapes que se esgotaram na pré-venda. Isso porque a nova Chevrolet Montana só será lançada para valer no dia 10 de fevereiro. É quando as quatro versões da terceira geração do modelo começam a ser vendidas nas mais de 550 concessionárias da marca.

Acontece que os pedidos da nova Montana começaram em dezembro. Na ocasião, a fabricante revelou as configurações mais completas e caras da picape: LTZ (R$ 134.490) e Premier (R$ 140.490), ambas automáticas.

Flexibilidade na produção da nova Montana

As duas mil unidades para reserva obviamente se esgotaram – e os preços promocionais ficaram no ano passado. Porém, segundo a GM, a procura pela Montana continuou forte desde então.

Esse movimento obrigou a adequações na linha de montagem da picape. Mesmo assim, dentro de uma margem limitada.


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“A produção local permite essa flexibilidade e nos possibilitou pequenos ajustes”, diz Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de Produto da GM.

O plano de produção da nova Chevrolet Montana

A montadora trabalha com uma programação de quatro meses de produção “congelada” da nova Montana no ABC Paulista. Neste cronograma, porém, há possibilidade de adequações.

Essas mudanças podem ser desde a distribuição do line-up de versões até o aumento de produção. A empresa não revela a porcentagem dessa “margem”, só que já teve de lançar mão dela para garantir mais unidades no varejo.

GM não revela número de vendas da picape

A GM também não fala em números de vendas da nova Montana. Um dos argumentos é de que não dá para falar em projeções em um mercado ainda incerto em diferentes aspectos.

Tem aquela precaução da própria marca, por estar entrando em um segmento novo. A Montana cresceu para brigar na categoria em que a Fiat Toro reina hoje absoluta. 

Além disso, qualquer estratégia esbarra na crise no abastecimento de insumos, principalmente semicondutores, que ainda afeta a indústria como um todo. Some a isso o fato de as próprias projeções de vendas de veiculos para 2023 serem comedidas.

“Estamos otimistas, a Montana vem para dar um novo patamar à categoria, mas ainda estamos em um mercado de baixa previsibilidade”, reconhece Fioco.

Nova Chevrolet Montana em capítulos 

A Montana usa a mesma base do Tracker e também o mesmo conjunto mecânico das versões topo de linha do SUV. No caso, o 1.2 turbo de 132/132 cv aliado ao câmbio automático de seis marchas. A linha ainda terá duas opções de entrada manuais.

O lançamento da nova Chevrolet Montana segue a estratégia homeopática. Primeiro, a terceira geração da picape apareceu camuflada para a imprensa.

Depois, houve um primeiro contato com a Montana a paisana, mas estática. Na sequência, a pré-venda. 

Recentemente, ocorreu a apresentação completa para a imprensa. A reportagem de Automotive Business dirigiu a Montana (veja abaixo). Você confere mais impressões e detalhes sobre a picape aqui no próximo dia 8 de fevereiro.